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Em meio às negociações para votar e aprovar a reforma da Previdência, o governo fez um aceno às centrais sindicais que se opõem às mudanças. De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o presidente Michel Temer garantiu que baixará uma portaria na semana que vem para liberar o pagamento de cerca de R$ 500 milhões em verbas do imposto sindical que estavam retidas na União.
As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB decidiram suspender a greve nacional que havia sido convocada para a última terça-feira depois que a votação da reforma foi cancelada.
Esse dinheiro é fruto de um acordo entre as entidades, o MP, a Caixa e o governo. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, vai assinar o texto.
O dinheiro foi bloqueado por falhas no preenchimento de dados obrigatórios para o pagamento.
Na quarta-feira, o PTB e o PMDB, partido de Temer, fecharam questão a favor da aprovação da reforma.
O PTB, comandando por Roberto Jefferson, pivô e condenado no escândalo do mensalão, conta com uma bancada de 16 deputados federais em exercício e está à frente do Ministério do Trabalho e da Casa da Moeda.
A bancada do PSD, partido do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não garante nem 50% de apoio à reforma da Previdência. Apenas 15 dos 38 deputados da legenda hoje estão convencidos a votar pela proposta, de acordo com o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab.
A ideia inicial do governo era votar a proposta na quarta-feira (6), mas agora já se trabalha com a data de 13 de dezembro, perto das férias parlamentares.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo ainda está longe de atingir o número necessário de votos para aprovar as mudanças.