Perda de água em Catanduva é inferior à média brasileira

A Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (SAEC) informa que a cidade de Catanduva apresentou, em 2016, índice de perdas de água de 21,45% em relação à quantidade de água produzida. A média brasileira de desperdício é de 40%, incluindo perdas reais e aparentes. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2016 foram produzidos 12.020,26 m³ de água em Catanduva, contra 9.415,00 m³ consumidos. Naquele ano, a perda no faturamento foi de 11,74%.

Comparada com outros importantes municípios do Estado, a perda foi relativamente baixa. Por exemplo, em Bauru, o índice de perdas foi de 51,52%; Araraquara, 52,93%; São José do Rio Preto, 32%; Votuporanga, 23,30%; São Carlos, 43,57%; Barretos, 28%; e Bebedouro, 44,20%.

“Isto é resultado do trabalho que tem sido realizado pela SAEC ao longo dos últimos anos. As eliminações de bombeamentos diretos nas redes de distribuição, que provocavam elevadas pressões, e, consequentemente, rompimentos de redes de distribuição e outros órgãos do sistema, a setorização de redes para obtenção de pressões adequadas à distribuição, modernização dos ramais domiciliares e instalação de medidores de consumo mais protegidos da ação de vândalos e fraudadores de consumo, fiscalização intensa, supressão do fornecimento de água em caso de inadimplência e o aumento da produção de água de excelente qualidade, reduzindo as frequentes interrupções no fornecimento, são ações importantes para a obtenção deste resultado tão expressivo”, enfatizou o superintendente da SAEC, engenheiro Marcos Augusto Jardim.

De acordo com ele, o elevado índice de perdas de água reduz o faturamento das empresas de saneamento e, consequentemente, sua capacidade de investir. Além disso, gera danos ao meio ambiente na medida em que obriga as empresas a buscarem novos mananciais para o suprimento da população. “Assim, o combate às perdas de água é um grande desafio dos operadores brasileiros, públicos e privados, e, é um dos principais indicadores de eficiência da operação de sistemas de abastecimento de água. ”

Do ponto de vista operacional, em sistemas públicos de abastecimento, as perdas de água são consideradas correspondentes aos volumes não contabilizados. As perdas podem ser “físicas ou reais”, que constituem a parcela da água produzida e não consumida, ou “comerciais ou aparentes”, que correspondem água consumida e não registrada para faturamento.

O Banco Mundial realizou estudo para estimar o desempenho das operadoras de água no que diz respeito às perdas de água. A média constatada foi de 35%. Entretanto, como grandes países em desenvolvimento ainda não são analisados e as estatísticas desses países não são confiáveis, é bem possível que as perdas de água nestas regiões atinjam de 40 a 50%.

“Apesar de Catanduva estar em melhores condições que outros importantes municípios do Estado, cujos serviços autônomos existem há décadas, a SAEC segue na obtenção de resultados cada vez melhores em termos de redução de perdas, melhorando sua eficiência operacional. Deve-se salientar que, quando as perdas de água são muito elevadas, existem algumas ações de custos relativamente baixos que levam à obtenção de resultados bastante rápidos; sistemas com índices de perdas mais baixos, entretanto, podem exigir grandes quantidades de recursos para obtenção de pequenas melhorias, muitas vezes insignificantes, pois são as melhorias mais difíceis de serem obtidas”, explicou o superintendente.

Finanças

Em 2016, a SAEC arrecadou cerca de R$ 47,7 milhões, com superávit de R$ 1,6 milhão. Em 2017, a receita foi de cerca de R$ 53,9 milhões e a despesa, incluindo débitos a pagar, foi de aproximadamente R$ 35,6 milhões, com superávit de R$ 15,7 milhões. Cabe salientar que este resultado foi obtido em grande parte pelo decreto de calamidade financeira do prefeito Afonso Macchione Neto, que promoveu o adiamento de diversas despesas, sem comprometimento da qualidade dos serviços prestados pela SAEC.

Fonte: Assessoria/Prefeitura

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