O corpo da mulher é um fenômeno complexo que, muitas vezes, é difícil de ser interpretado. Mais de 25% das mulheres podem ter ausência ou dificuldades para atingir o orgasmo por conta de inúmeras causas.
Diante disso, segundo Dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra e pós-graduada em sexologia humana pela Universidade de São Paulo, o ciclo de resposta sexual é composto por quatro etapas, “a primeira fase está ligada ao desejo, ou seja, é a largada para obter o prazer. O corpo da mulher passa a receber estímulos externos e internos que desencadeiam o desejo sexual, como por exemplo, lembrar do cheiro ou do toque da pessoa desejada. “, ressaltou a especialista.
Logo após o desejo, chega a fase de excitação, quando o corpo se prepara para potencializar as chances de se obter o prazer, bem como se estrutura para obter condições de realizar a relação sexual. “A terceira fase já é emendada à segunda e leva até o ponto alto da relação sexual. Por se tratar de uma fase orgásmica, é comum as mulheres se queixarem de não conseguirem chegar até ela. Conhecer as zonas erógenas do corpo pode facilitar a chegada ao orgasmo. “, completou Erica.
Por último, a fase de resolução faz com o que o corpo retorne ao estado prévio. Com isso, ocorre o relaxamento da musculatura e a sensação de bem-estar. Toda a alteração volta para o estado normal.
É importante ressaltar que na fase do desejo e na fase da excitação podem ocorrer transtornos. Traumas psicológicos e uso de alguns anticoncepcionais podem bloquear os estímulos de iniciação ao desejo. Já na excitação, pode ocorrer problemas com a lubrificação natural. O ressecamento vaginal é uma causa que pode impactar muito nessa fase. Ambos têm tratamento.
Dra. Erica Mantelli
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).
Fonte: Comunicação & Marketing