Há mais de um ano investigando o aumento significativo do índice larvário em Catanduva, a Comissão Especial de Inquérito, presidida pelo Vereador Amarildo Davoli (PSB), que está apurando os reais motivos do aumento considerável dos casos de dengue na cidade, está próxima do seu desfecho.
Tudo começou em 27 de fevereiro de 2018, quando o vereador Amarildo Davoli elaborou um requerimento (nº 135/2018), solicitando que fosse instaurada a CEI – Comissão Especial de Inquérito, para apurar possíveis irregularidades no aumento do índice larvário em Catanduva.
A medida se fez necessária após a divulgação do índice larvário estar superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O nível larvário permitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é menor que 1% e em Catanduva, através de boletins informativos da Sucen, a média estava de 8,3% e o setor 5 da cidade com 11,5%”, informou Davoli.
Em virtude do apresentado, o requerimento foi aprovado por unanimidade e a partir daí foi instalada a CEI, ficando definido Amarildo Davoli (PSB) como Presidente, Onofre Baraldi (PTB) como relator e os vereadores Enfermeiro Ari (PEN), Ditinho Muleta (DEM), Wilson Paraná (PT), Luis Pereira (PSDB), Cidimar Porto (MDB), Maurício Gouvea (PV) e Ivan Bernardi (SD), como membros. Foram realizadas também 3 (três) oitivas, nas quais foram ouvidas o Secretário de Saúde, o Coordenador e funcionários da EMCAa.
A pedido da CEI, foram solicitadas à Secretaria Municipal de Saúde, informações a respeito dos imóveis que não receberam a visita do órgão fiscalizador ao longo dos últimos anos.
“No segundo semestre de 2016, o percentual das casas não visitadas era de 38%. De janeiro à dezembro de 2017 o índice aumentou para 41% e no decorrer de 2018 o aumento foi ainda maior, indo para 51% de casas não visitadas. Entre os três primeiros meses de 2019 o número de casas que não foram vistoriadas já chegou em 50%, e não é por falta de avisar, nós aqui desta Casa estamos desde o início do ano passado alertando e já se passaram 14 meses e a Prefeitura, Secretaria da Saúde e EMCAa começaram agora a fazer nebulização, contratar funcionários para vistoriar, isso era coisa que era para ter feito lá atrás, se tivesse gastado antes hoje não estaria gastando o triplo. Faltou competência, visão, conhecimento, criatividade para o secretário, coordenadoria da EMCAa e para o próprio prefeito municipal. Afonso Macchione Neto já passou 8 (oito) anos como prefeito, agora é seu décimo ano, já passou por uma epidemia e como que deixa isso acontecer novamente. Então é assim, falta de avisar não foi, infelizmente é falta de competência”, disse o Presidente da CEI, Amarildo Davoli.
De acordo com o parlamentar, a quarta e última oitiva deve acontecer entre o final de maio e início de junho e logo após, será apresentado o relatório final com o parecer da Comissão.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social / Câmara Municipal de Catanduva