Poderíamos dizer que a artista brasileira Vitória Basaia é polivalente ou ainda multifacetada. Possui características variadas e peculiares em seus afazeres: é gravurista, conceitualista, escultora, jornalista, escritora e educadora cultural. Reconhecida nacionalmente pela criação de obras genuínas, a partir de mesclas de materiais descartados e elementos da natureza, como pigmentações extraídas da terra, ela é sem dúvida uma alquimista que faz brotar dos dedos os desenhos inquietantes que se materializam pelo inesgotável processo criativo.
Vitória faz-se notar pela extrema criatividade: uma alquimista da forma, que precisa de pouca coisa para dar expressão à sua arte, que produz, com fôlego incessante, quase compulsivo, imagens que espelham seu profundo vínculo com as fontes da feminilidade.
Destaque para sua capacidade de tirar do nada, das coisas mais corriqueiras, elementos com os quais constrói sua poética, com o fôlego e a habilidade no desvelar o novo.
A arte provocativa de Vitória Basaia desperta interesse e é adquirida por colecionadores do Brasil e do exterior. Sem priorizar o vínculo mercantil, a artista defende a liberdade de criar e de se manter conectada ao modo de vida que lhe permita harmonizar o tempo, a contemplação e a imaginação livres de calendários: “Arte para mim é sobrevivência como indivíduo, alma e espírito”, profetiza ela.
De 9 a 19 de setembro, integrará o grupo que se apresenta na Galeria La Pigna, sob curadoria de Ligia Testa e Sandra Setti. A Galeria La Pigna está localizada na via della Pigna, 13a (Palazzo Maffei Marescotti), Roma, Itália.
