Pensar nos elos entre arte e tecnologia significa encontrar vias que não caiam em simplismo e maniqueísmos. A palavra tecnologia tem origem no grego “tekhne” (“técnica, “ofício”) e “logia” (“estudo”). Ao pesquisar seus recursos, portanto, é possível mergulhar em criações que aprofundam as possibilidades do pensar e do fazer.
As obras escultóricas de Paula García Fernández constituem justamente a expressão de diversas formas de diálogo existentes na sociedade contemporânea. Tanto analógicas como digitais, elas instauram laços entre a materialidade de suas peças e as potencialidades criativas da Inteligência Artificial (IA).
Sua produção, com peças orgânicas, que se baseiam em padrões muitas vezes fractais, fogem de reducionismos como belo/feio ou bom/mau. Suas propostas estimulam a discussão sobre como lidar com Arte e Tecnologia significa percorrer conceitos de modo a conhecer mais ambas para poder discuti-las e usá-las mais e melhor.
Os resultados apresentados impactam por aquilo que oferecem como visualidade e também como processo criativo. Trata-se de uma proposta vinculada à arte contemporânea no sentido de unir as experiências pessoais com ferramentas de IA percorrendo veredas em que não há limites a não ser a própria capacidade de se superar.
Oscar D’Ambrosio