Festival Reconexão Africanidades celebra a pluralidade da cultura afro-brasileira e do samba como expressão identitária do país

Crédito: Isabela Paulino

Primeira ação da edição 2025 fará parte da programação do carnaval de Belo Horizonte

A 2ª edição do Festival Reconexão Africanidades retorna em 2025 com uma programação robusta, destacando o tema “Eu Sou o Samba”, uma homenagem à cultura afro-brasileira e ao samba como patrimônio imaterial da humanidade. O evento busca fortalecer a identidade nacional e destacar ações que ocorrerão ao longo do ano. Em fevereiro, haverá atividades iniciais, seguidas por uma ação conjunta com a Secretaria Municipal de Cultura no dia 21 de março, data instituída como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial pela Lei nº 11.645. Em maio, as atividades serão realizadas em Belo Horizonte e Congonhas, enquanto em setembro ocorrerão em Belo Horizonte e, em novembro, em Congonhas.

Em parceria com a Funarte MG, a primeira ação do festival acontecerá no dia 23 de fevereiro, integrando a programação do carnaval de Belo Horizonte. Das 15h às 21h, acontece o “Galpão do Samba – Reconexão Africanidades 2025” que vai reunir grandes nomes da cena musical em um palco compartilhado. Entre as atrações confirmadas estão Fran Januário, Adriana Araújo, Tom Nascimento, além do convidado especial do carnaval carioca, o músico Maicon Zuri, que se apresentará ao lado do violonista Rodrigo Chaves e uma trupe de partido-alto, representando a efervescente cena musical de Belo Horizonte.

O Reconexão Africanidades foi desenvolvido pela NoTom Produções Artísticas, dirigido pela produtora, socióloga e mestre em Ciências Sociais pela PUC/Minas, Regina Moura. Pesquisadora no campo das políticas públicas para cultura, iniciou sua carreira profissional na área em 2001. Em sua trajetória trabalhou com artistas e grupos reconhecidos na cena cultural como Mimulus Cia de Dança, Grupo de Dança Primeiro Ato da diretora Suely Machado, onde ficou por 11 anos. Também produziu eventos e espetáculos do músico Lula Ribeiro, Marcos Catarina, Cia Café com Dança, da artista plástica Ana Bouissou, do cineasta César Rafael, entre outros.

A programação completa está disponível no site do Sympla. Os ingressos custam R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia-entrada). Há também a opção de ingresso social destinado a projetos artísticos sociais das periferias de Belo Horizonte. A capacidade é limitada a 250 lugares.

O Festival Reconexão Africanidades conta com o patrocínio da CSN e o apoio cultural da Funarte MG e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Artistas e programação

Tom Nascimento

Horário: 15:30hs às 16:30hs

Natural de Belo Horizonte e criado em Santa Luzia, Tom Nascimento tem uma carreira de 28 anos na música como cantor, instrumentista, intérprete e compositor. Influenciado pela música popular brasileira e pelas sonoridades africanas, ele combina soul, reggae, rock e samba, criando um estilo único que define como “Afro-Pop à mineira”. Entre 2004 e 2006, foi vocalista do grupo Berimbrown, participando de discos e turnês internacionais pela Alemanha, Áustria e Suíça. Sua trajetória inclui colaborações com artistas como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Luiz Melodia e Sandra de Sá. Tom Nascimento Cantor, compositor e pesquisador de Cultura Afro Brasileira, partilha da arte como ferramenta de transformação, formação e sensibilização na direção do bem comum.

Maicon Zuri e Banda

Horário: 17hs às 18hs

Nascido em Mendes (RJ) e descendente de angolanos, Maicon José Pereira, conhecido artisticamente como Maicon Zuri, carrega no nome e na música a força de sua ancestralidade. Criado em uma família musical e envolvido no universo do samba desde cedo, iniciou sua trajetória no grupo Arte-Manha, abrindo shows para grandes nomes como Raça Negra e Só Dá Samba. Posteriormente, tornou-se vocalista do Novidade do Samba, consolidando seu nome na cena musical de cidades próximas ao Rio de Janeiro.

Inspirado por Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, mas principalmente por seu pai e tios, Zuri se destaca pelo repertório autêntico e pela interpretação carregada de identidade. Participa do Festival ao lado do violonista Rodrigo Chaves.

A banda, composta por Rogério Delayon, Rogério de Almeida (Sam), Rafael Garrafão e Bruno Tadeu, acompanha Maicon Zuri. Rogério Delayon é multi-instrumentista, arranjador, engenheiro de som e produtor musical, tendo acompanhado artistas como Zeca Baleiro, Beto Guedes, Vander Lee, Sandy & Júnior e Flávio Venturini. É proprietário do Estúdio Toca do Leão. Sam é um dos grandes nomes da percussão na MPB e no samba, com mais de 20 anos no grupo Copo Lagoinha. Tocou ao lado de Nelson Sargento, Monarco, João Nogueira e Velha Guarda da Mangueira. Rafael Garrafão, influenciado pelo pai, construiu sua carreira acompanhando nomes como Toninho Geraes, Délcio Luiz, Salgadinho, Netinho de Paula e Xande de Pilares. Bruno Tadeu, autodidata, desenvolveu um estilo próprio de percussão, o que o levou a trabalhar com Ricardo Barrão, Fabinho do Terreiro, Toninho Geraes, Chrigor, Boka Loka e Dudu Nobre.

Adriana Araújo

Horário: 18:30hs às 19:30hs

Uma das vozes mais marcantes do samba mineiro, Adriana Araújo traz ao palco do Festival sua autenticidade e emoção no show “Minha Verdade”, um mergulho em suas raízes, experiências e paixões. Com canções de seu álbum homônimo, ela promete uma apresentação intensa e envolvente, celebrando a diversidade do samba e sua conexão com a música preta brasileira. Além de interpretar suas composições autorais, a artista presta tributo aos grandes mestres do gênero, conduzindo o público por uma viagem entre o samba de raiz e o samba-canção, conectando ritmos e histórias que refletem a essência da música preta brasileira.

Fran Januário

Horário: 20hs às 21hs

O Samba da Januário é uma expressão autêntica do samba mineiro, liderado por Fran Januário, cantora, compositora e educadora musical. Mulher preta e periférica, Fran tem conquistado espaço no circuito do samba em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, ampliando seu alcance para além das fronteiras brasileiras, com passagem pela França em 2018. O projeto já contou com a participação de grandes nomes da MPB, como Dona Eliza, Sérgio Pererê e Waltinho Sete Cordas.

O coletivo é formado por Fran Januário (voz), Acauã Ranne (contrabaixo), Almin Bah (bateria), Betinho Moreno (violão sete cordas), Davidson Inácio (percussão), Kellsen Cruz (percussão), Leonardo Brasilino (trombone) e Pablo Dias (cavaquinho). O Samba da Januário é um coletivo que une arte e educação e tem uma trajetória consolidada e compromisso com a autenticidade. O espetáculo celebra a ancestralidade envolvendo o público em uma atmosfera vibrante e genuína.

Serviço:

Data: 23 de fevereiro de 2025

Local: Funarte MG – Rua Januária 68, Centro

Belo Horizonte

Horário: 15hs às 21hs [abertura do portão às 15hs]

Ficha técnica:

Direção geral e de produção: Regina Moura da NoTom Produções Artísticas

Produtora executiva: Maria Clara Moura

Gestão de redes e social media: Diego Alves e Verônica Vieira

Gestão de tráfego: Lucas Moura da Logus Incentivos Fiscais

Comunicação e identidade visual: Reciclo Comunicação

Assessoria de imprensa: Infinita Comunicação

Gestão financeira: Carolina Silva

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