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Uma semana após ser condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não permitirá que difamem sua “história com uma mentira deslavada”.
Em entrevista à rádio Capital de São Paulo na manhã desta terça-feira, Lula se disse “indignado e ofendido” e voltou a dizer que é inocente e que provará isso.
“Não vou, depois de 70 e poucos anos de vida, permitir que meia dúzia de jovens mal-intencionados venham tentar jogar a minha imagem na lama”, disse o ex-presidente, criticando ainda as equipes que fazem parte da Lava Jato na Polícia Federal e no Ministério Público.
“Quero provar que o Moro errou, que a equipe da Lava Jato errou. Mentiram demais”, comentou.
Lula ainda criticou Moro, chamando-o de “czar”. “O juiz Moro não pode continuar se comportando como um czar. Ele faz o que quer, como quer, sem respeitar o direito democrático, sem respeitar a Constituição. E não deixa a defesa falar”.
O líder petista voltou a falar sobre suas intenções em disputar a presidência da República no ano que vem e diz que seus adversários e a Lava Jato estão julgando seu mandato de oito anos. “Quero me colocar como candidato para poder defender aquilo que foi feito no Brasil. Temos condição de consertar o Brasil”.
Ele também defendeu a saída do presidente Michel Temer e a antecipação da eleição presidencial a partir de uma emenda na Constituição.
Lula pede para que para as pessoas não percam a “paciência nesse país”: “Temos que ter a esperança de que esse país pode voltar a gerar emprego, a ter esperança”.