Contemplar toda a cadeia produtiva montada por trás de uma peça de teatro, de um espetáculo de dança ou da produção de um filme. Esse é um dos objetivos da mudança do nome e da marca da pasta estadual voltada ao setor, que a partir desta quinta-feira (22) passa a se chamar Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo.
“É a oportunidade que temos de mostrar que a arte e a criatividade, além de transformadoras, são importantes vetores na geração de renda e riqueza, trazem à luz a verdadeira faceta da cultura”, afirma a secretária Marilia Marton. “A palavra ‘indústria’ vem exatamente para criar essa relação”, diz.
A cadeia produtiva da cultura no estado de São Paulo é um grande polo de empregos. Segundo pesquisa do Itaú Cultural, no quarto trimestre de 2022, mais de 2,5 milhões de pessoas estavam empregadas na economia da cultura e das indústrias criativas no estado, representando cerca de 11% do total de trabalhadores paulistas.
“A cultura emprega de eletricistas a museólogos, de marceneiros a cantores líricos. O Estado precisa ter uma atuação forte, buscando sempre as parcerias com o terceiro setor e a iniciativa privada”, diz Marilia.
Para a secretária, é possível fazer o setor crescer ainda mais. “A cadeia produtiva da cultura é ampla, plural e cheia de possibilidades. Temos o desafio do fomento da cultura”, afirma.
Setor
A mudança na denominação da pasta estadual vai ajudar também profissionais que não têm as profissões reconhecidas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Com isso, o objetivo do Governo do Estado é integrar todos à cadeia produtiva cultural.
Pesquisa divulgada pelo Itaú Cultura aponta que a economia da cultura e das indústrias criativas de equivale a 3,11% do PIB, com mais de 130 mil empresas em todo o país. A maior parte das empresas da economia criativa do Brasil está na região Sudeste, com 48% do total.