Artista brasileira recebe prêmio em Milão na Mostra Arte & Cavallo

Mariana De Mendonça Pereira é artista autodidata que usa as mais diversas técnicas surpreendendo a todos. Com suas pinturas lindas, coloridas e muito inspiradoras, Mariana participou em Milão na Itália da Mostra Arte e Cavallo pela Galleria Milanese com curadoria de Roseli Crepaldi, Direção Cientifica da Arquiteta Barbara Crepaldi e apresentação de Giada Eva Elisa Tarantino. Aliás foi dela todo material de divulgação da importante Mostra Internacional.

BIOGRAFIA (Arte &Cavalo)

Desde tenra idade, dedicou-se aos desenhos, e as aulas de Educação Artística, onde se realizava e por consequência destacava-se. Apaixonada pela caligrafia, era quem imitava letras dos colegas, criava estórias e ilustrava. O tema favorito sempre foi o cavalo, colecionava recortes, criava estória e desenhava para os colegas. No colégio já aos seis anos era conhecida como quem desenhava cavalos. A paixão era enorme, então seu pai adquiriu um cavalo de passeio, posteriormente por iniciativa própria passou a frequentar aulas de equitação numa escolinha perto de sua casa. E, não era para menos, já que seu avô era escritor do Jockey de Pelotas- RS, Brasil dedicando-se também ao comercio de cavalos de corrida, por isso desde muito cedo em suas visitas ao Avô era levada para montar cavalos no Jockey, o que a marcou profundamente.

Em 1994, aos 14 (quatorze) anos foi residir com seu pai em Brighton, Inglaterra, onde teve contato com o Atelier Escolar, da Newman School, destacando-se, mais uma vez, nas aulas de Artes. Naquele período foi convidada para expor dentro do grupo escolar, apresentando uma colagem com referência à arte indígena Canadense. Durante sua estadia, visitou museus, escolas de artes, pequenas galerias, bem como o fato de estar convivendo com obras arquitetônicas de valor histórico, lhe impactaram profundamente. Oportunamente visitou o Louvre, museu/ exposição do Dalí, entre outros, quando esteve na França, percebe-se que sua educação informal em artes já estava em andamento. Período em que não deixou de frequentar aulas de equitação, mantendo-se fiel à sua paixão, os cavalos e a arte.

Retornou ao Brasil, retomou seus estudos formais, agora seu colégio, “Anglo- Campinas”, não ministrava aulas de Educação Artística, apenas estudos concentrados para vestibular. Em 1998, presta vestibular para Artes na Universidades Estadual de Campinas, mas nunca retornou para saber o resultado.
No ano de 1999, ingressa no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Em 2001, tranca a faculdade para viajar para Vancouver no Canadá e aperfeiçoar seu Inglês. Durante sua estadia no Canadá, visitou galerias de arte indígena como a “Lattimer Gallery”, museus e a Universidade de Colúmbia. Ao retornar ao Brasil, concluiu seus estudos em Ciências Jurídicas e Sociais, no entanto sua insatisfação constate a carregou, mais uma vez, para as Artes.

Sozinha, começou a desenvolver suas pinturas, quando enfrentou resistência da família, mas nada mais pode afastá-la de tais rumos. Muito rapidamente sua Tia e Artista Plástica Sônia Heinz, formada pela URGS, passa a notar suas pinturas, amigos e desconhecidos também, momento que estimulada a expor seus trabalhos, foi recebida de portas abertas. Elaborou um pequeno catalogo com suas obras em 2020, como artista independente. Seguindo participou de exposições, salões e concurso de Artes Visuais, sua última participação foi em setembro do corrente ano quando foi selecionada para Exibições coletivas como no “O Subsolo laboratório de Arte contemporânea”, no Brasil.

Por consequência de sua trajetória, passou a vender e receber encomendas em especial com o tema do Cavalo. Tudo se deu rapidamente. Transitando com facilidade por diversas linguagens pictóricas e técnicas. Estudou através de curso livres e de curta duração, entre outros e passou por orientadores que lhe surgiram como mestres ao longo de sua trajetória.

Premiada por votação popular, em concurso Artístico Nacional da Amatra XV, realizado no ano 2020, durante a pandemia, quando teve apenas um mês para projetar e realizar a pintura de uma tela de dimensões 1,80 m x 1m, cujo tema era “PODER, ÉTICA, ESPIRITUALIDADE E EFICÁCIA DA JUSTIÇA”. Tema este de difícil abordagem, num trabalho deste porte, em tão exíguo período de tempo. Mas Mariana prosperou, tanto que obra foi adquirida pela instituição e hoje ocupa lugar no gabinete principal da instituição.

Com o advento da Pandemia, também elaborou diversas séries de trabalhos, e pesquisas, dedicando-se fielmente a sua pintura, estudou, a arte contemporânea e artistas como “Antônio Tapies”, “Phillipe Guston”, “Bispo do Rosário”, “Mestre Shitao”, ou “Monge -abobora-Marga”, em arte contemporânea Ligia Clark, Hélio Oiticica entre outros, concentrou parte de seus estudos também no Expressionismo Alemão, em literatura e documentários.

Produziu, séries e estudos como, série “Arlequins”- (cavalos)- Série “Caleidoscópios”( cavalos), série “ Mulheres na pandemia”, série e “Anjos Mensageiros da esperança”, série “Cavalos”, serie “Viagem ao Sul- melancolia”; série “Jatobás”; série “Cavalos em Linhas”; “Recordações em papel”; “movimento do Universo” e produziu estudos das linhas e traços. (suportes: papel cartão, cavas, entre outros).

Nos últimos dois anos, dedicou-se a pintura e a suas mídias digitais, onde estuda a interação das pessoas e as formas de produção. Atualmente realiza Pós-graduação e Artes Visuais e seus estudos se voltam para pintura sintética, minimalista e geométrica, como forma de diálogo direto com o espectador onde um dos principais temas é o cavalo, corpos e formas universais, interessa-se pelo traçado livre. Tem produzido uma pintura sem excesso, que se contrapõe ao excesso de consumo atual. Desenvolve sua linguagem pictórica sintética, direta e gestual como forma de abordar sua poética.

 

No telão no Hipódromo Snai San Siro, em Milão, Mariana agradeceu o prêmio recebido durante a Exposição Internacional de Arte Contemporânea “Arte & Cavalo”.

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