Ativação de prótese emociona e traz nova chance a paciente

Depois de quase 55 anos convivendo com aparelhos auditivos que passaram a limitar seu entendimento e a fizeram se afastar da família e amigos, Eliana dos Reis Florentino tem dois novos motivos para sorrir e conversar. Na última sexta-feira, 28 de agosto, ela ativou sua prótese coclear, implantada recentemente, e pode ouvir pela primeira vez com mais clareza após anos. “É um momento único e maravilhoso”, disse emocionada após conseguir conversar com os profissionais que participaram da ativação.

A cirurgia de implante coclear foi a primeira a ser realizada em Catanduva. O procedimento foi realizado no dia 25 de julho no Hospital Unimed São Domingos (HUSD) pelo otorrinolaringologista Evandro Marton da Silva, cooperado da Unimed Catanduva, e contou com a colaboração do otorrinolaringologista Luiz Henrique Chequim e da empresa que disponibilizou os dispositivos. “A cirurgia foi um sucesso. No dia seguinte, ela já estava em casa. Durante o primeiro mês é necessário aguardar a cicatrização para, em seguida fazer, a ativação”, explicou o cooperado.

O implante coclear foi desenvolvido para pessoas com perda auditiva neurossensorial profunda, que é quando as células ciliadas no ouvido interno estão danificadas e não são capazes de distinguir sons de forma adequada. O implante substitui as células danificadas e envia os sinais elétricos para o cérebro, que serão interpretados como som. Além do implante interno, há também o externo. Os dois ativos fazem com que o processador de áudio externo detecte os sons e envie para o implante interno.

Após o procedimento, é necessário que o paciente aguarde de 30 a 40 dias para fazer a ativação. Neste período, o profissional deve observar se a cicatrização ocorreu sem complicações e também se o paciente se queixou de dores na região.

Eliana fará o acompanhamento com a fonoaudióloga e com o otorrinolaringologista nos próximos meses para adaptação completa do implante.

“NUNCA PERCA A ESPERANÇA”

Eliana perdeu a audição dos dois ouvidos – perda bilateral – por volta dos cinco anos de idade. Por conta da pouca idade, demorou a perceber que não ouvia. Nos últimos 55 anos, ela ouvia com a ajuda de aparelhos nos dois ouvidos.

“Nos últimos anos, os aparelhos que a Eliana usava não lhe davam mais o retorno necessário, fazendo com que ela tivesse dificuldades para detectar sons e distinguir palavras. Isso fez com que ela se isolasse socialmente”, disse Evandro.

Eliana apresentou sinais de depressão ao buscar pelo tratamento. “Quando cheguei aqui, procurei a Angélica [fonoaudióloga] e pedi para voltar ouvir”, disse emocionada. Após fazer os exames necessários, como audiometria e de imagem, e apresentar resultados positivos, sua cirurgia para colocar o implante coclear foi aprovada.

“Nunca perca a esperança. É o que sempre dizia a minha mãe que, infelizmente, não está mais aqui. Mas ela sempre acreditou que eu conseguiria fazer a cirurgia”, disse. “Hoje, agradeço a Deus por ter conseguido. Imagine ir à igreja e não conseguir ouvir a palavra de Deus, ou ouvir uma música, as pessoas falarem… Por isso, nunca desista”, completou.

Seu primeiro desejo, após o implante, era ouvir a voz do marido, que não pode acompanhá-la na ocasião em razão do trabalho. “Quero ouvir meu marido. Ele é tudo para mim, sempre companheiro e faz tudo que pode por mim”, disse sorrindo.

Fotos/Créditos: Unimed Catanduva

Fonte: Assessoria/Unimed Catanduva

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