Por amor um homem e uma mulher desejam compartilhar suas vidas da forma mais próxima possível; seus sentimentos os estimulam, sua natureza os guia.
Então, a sociedade exige que “legalizem” essa decisão que brota de seus corações, impondo-lhes regras e padrões psicossociais criados para “protege-los” caso esse amor por algum motivo sofra alguma mudança.
Sem essas convenções os relacionamentos humanos estariam sujeitos pura e simplesmente aos seus sentimentos, e teoricamente viveríamos mais próximos do verdadeiro, seríamos mais espontâneos, mais autênticos, mais felizes. Isso seria fantástico, pois não dá para legalizar o amor, colocar regras na expressão dos sentimentos.
Será?
Talvez. Se fossemos como os animais irracionais movidos apenas pelos impulsos naturais de sobrevivência, mas nós, seres humanos transcendemos a isso. Então, por não perceber essa transcendência acabamos guerreando para sobreviver, imersos num mar de leis e imposições, perdidos entre o passado e o futuro, nos ausentando do presente, e sufocando nossos sentimentos mais verdadeiros.