Na última terça, ocorreu mais um descarrilamento em Catanduva numa área rural. O prefeito de Catanduva, Afonso Macchione Neto estava no Dnit em São Paulo. Na ocasião, ele teria solicitado informações sobre o andamento do projeto técnico para a mudança da linha férrea “Fomos informados que (o projeto) está dentro dos trâmites normais e deverá ser concluído até ao final deste ano”, aponta Macchione.
A Defesa Civil de Catanduva notificou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) e a Rumo, concessionária da ferrovia, para o desvio dos trilhos com urgência. A linha férrea ficou interditada por 17 horas após um descarrilamento na região rural de Catanduva.
A solicitação aos órgãos competentes é para que a medida seja providenciada de forma emergencial no trecho que corta a cidade. No fim da tarde da última terça-feira (29) onze vagões carregados com milho descarrilaram. Só no início da tarde de quarta-feira (30) é que o trecho foi liberado. Ninguém se feriu e não foi registrado nenhum dano ambiental de acordo com a Rumo, que aponta que vai investigar as causas do descarrilamento.
Esse foi o segundo acidente do ano na linha férrea em Catanduva. Em junho sete vagões carregados com açúcar descarrilaram e a carga ficou espalhada no centro da cidade. O setor aponta que fotos dos dois descarrilamentos e os boletins de ocorrência dos casos teriam sido anexados às notificações.
A Defesa Civil aponta que vem realizando análises no trecho. O órgão decidiu solicitar providências de forma oficial para que alguma medida seja tomada. O setor aponta que os trilhos no centro da cidade ameaçam a segurança dos moradores e também atrapalharia a vida dos habitantes da Cidade Feitiço.
“Caso não seja feito o solicitado, podemos ser alvos de tragédias, dilapidando patrimônios e ceifando vidas de pessoas que transitam ou que trabalham as margens da linha férrea”, ressalta em trecho da notificação apresentada aos órgãos competentes.
A Defesa Civil alega que em Catanduva, as locomotivas percorrem o trecho em intervalos que seriam de aproximadamente meia hora. As composições seriam formadas por cerca de 80 vagões, que transportam grãos e combustíveis, na maior parte dos casos. “Nas passagens de nível pelas ruas São Paulo, 15 de Novembro e Florianópolis, as máquinas cruzam entre si. Quando ocorre a manobra, o trânsito chega a ficar interrompido por pelo menos 15 minutos”, complementa o setor.