Na noite de terça-feira, 03 de dezembro, durante a 120ª Sessão Ordinária, o Segundo Secretário do Legislativo Catanduvense, Wilson Paraná, fez uso da Tribuna “Carlos Machado”, para explanar sobre a CEI da “Canalização do Rio São Domingos” e o comparativo que realizou entre as obras de canalização de Catanduva e São José do Rio Preto.
O parlamentar começou sua fala, lembrando que a canalização do Ribeirão São Domingos foi feita por decreto pelo ex-prefeito Afonso Macchione Neto.
“Antes de irmos ao comparativo da obra, é extremamente necessário passarmos algumas informações para a população catanduvense. Todo ano, como é de costume, a SAEC faz a devolução do superávit para a Prefeitura e veio para esta Casa, a lei para que aprovássemos a destinação desse recurso, e nós o aprovamos para que fosse utilizado em algumas obras e não na transferência do recurso para a canalização do Ribeirão São Domingos, e o prefeito fez por Decreto, não aceitando nossa deliberação. A Câmara derrubou o decreto e mesmo assim o prefeito fez o trabalho, contratou empresa e licitou a obra por R$ 10.717.185,50 (dez milhões, setecentos e dezessete mil, cento e oitenta cinco reais e cinquenta centavos). Este ato me causou estranheza, pois houve uma celeridade na licitação, e a partir daí resolvemos montar a CEI para investigar as supostas irregularidades, afinal, para o tamanho da obra o valor era exorbitante”.
Após vários documentos analisados, o presidente da CEI “Canalização do Rio São Domingos”, Wilson Paraná, em reunião com os membros da Comissão Especial de Inquérito, deliberaram uma visita na Secretaria de Finanças para se informarem sobre os pagamentos da Obra, e concluíram que atualmente já foram pagos 84% da obra de canalização do Rio São Domingos, ou seja, dos cerca de 10 milhões que seria o valor total da obra, atualmente já foram pagos em torno de RS 7.873.000,00.
No decorrer da explanação, Wilson Paraná, aproveitou para apresentar os comparativos da obra de canalização do Rio São Domingos com uma obra semelhante, que foi realizada no município de São José do Rio Preto, mais precisamente, na Avenida Philadelphio M. Gouveia Neto.
“Na minha opinião, esta obra de canalização deveria custar no máximo R$ 5 milhões. E fazendo aqui um comparativo, percebo que não estou enganado. Nós fizemos uma analogia, e em São José do Rio Preto uma obra semelhante de canalização, teve um custo menor do que o daqui. Vamos aos comparativos: a obra de Catanduva tem uma extensão de 750 metros, enquanto a de Rio Preto teve 2.500 metros; em nosso município o valor global é de R$ 10.717.185,50 e em São José do Rio Preto R$ 28,7 milhões; em relação a medição, aqui foi de 17.400 m² e na cidade vizinha 120.000 m²; e é aí que vem o pulo do gato, a obra de Catanduva está custando por metro quadrado R$ 615,93 e a de Rio Preto custou somente R$ 239,16, ou seja, R$ 376,77 mais barato do que a obra de Catanduva. Olhem a diferença do concreto e a mão de obra entre Catanduva e São José do Rio Preto, é muito grande e também um absurdo”.
Ao final, Wilson Paraná afirmou que os integrantes da CEI estão atentos aos trabalhos realizados na obra e que tomarão todas as medidas cabíveis para evitar que Catanduva seja assaltada.
“Estão aqui as provas, amanhã mesmo irei a promotoria para solicitar que mais técnicos da área venham nos ajudar nessa questão, pois Catanduva não pode mais ser assaltada. E nós, enquanto fiscalizadores, temos a obrigação de não deixar que isso aconteça”.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social / Câmara Municipal de Catanduva