Os diagnósticos de dengue avançam em Catanduva, aliados ao volume de casas fechadas para vistoria da equipe de combate ao Aedes. A cidade contabiliza 125 confirmações da doença, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na quarta-feira, dia 13.
Ao mesmo tempo, segundo o setor, chega a 49,13% a quantidade de imóveis encontrados fechados para as inspeções.
Conforme o relatório de atividades, os agentes passaram por 62.228 casas em fevereiro deste ano. Desse total, 30.574 imóveis estavam fechados para vistoria. O maior número de serviço pendente é referente a casas habitadas, em que, na hora da visita, o morador não está na residência por motivos diversos ou trabalho.
Já a recusa vem seguida de justificativas como: o morador está ocupado, atrasado ou simplesmente não permite vistoria. Diante do impedimento em concluir o serviço, o agente faz mais duas tentativas de verificar o imóvel. Quando a situação persiste, o caso é encaminhado para Vigilância Sanitária dar apoio.
A atual realidade enfrentada no combate ao vetor foi debatida na reunião intersetorial de Sala de Situação, realizada na manhã desta quinta-feira, dia 14.
Diretora de Vigilância em Saúde, Daniela Bellucci lamenta a problemática, diante dos riscos que a dengue pode causar. “A preocupação é que o trabalho prejudicado interfere diretamente na identificação e eliminação de possíveis focos de dengue.”
A Secretaria de Saúde reforça o apelo para que a população colabore, abrindo as portas aos agentes. “Precisamos da conscientização. A única forma de acabar com a dengue é eliminando criadouros. O trabalho dos agentes é fundamental e ajuda a combater o surgimento de criadouros do Aedes aegypti”, enfatiza.
Controlada
Apesar da preocupação, o infectologista Ricardo Santaella entende que a situação está sob controle em Catanduva. “Outras cidades da região, do mesmo porte populacional, vivenciam epidemia. Além disso, há expectativa para diminuição de confirmações, devido à condição climática que tende a ficar, de agora pra frente, mais quente e seco”. Ele ressaltou, entretanto, que é preciso seguir em alerta.
Imagem: Comunicação/Prefeitura de Catanduva