Educadores são orientados para prevenir Síndrome Mão Pé Boca

Diretores, supervisores e professores da rede municipal de ensino, principalmente a Educação Infantil, estão sendo orientados sobre as medidas e meios de prevenção em relação à Síndrome Mão Pé Boca (SMPB), infecção viral contagiosa que já acometeu 13 crianças em Catanduva, 12 delas matriculadas no município.

A principal orientação é sobre a importância da notificação dos casos à Vigilância Epidemiológica após a confirmação do diagnóstico, informando o nome da creche ou escola que o aluno frequenta.

Participaram do encontro com os educadores o secretário de Saúde, Ronaldo Carlos Gonçalves Júnior, diretores dos Departamentos de Vigilância e Saúde e Vigilância Epidemiológica, e a secretária de Educação, Tânia Ribeiro Fonseca.

Dentre as recomendações estão a realização da busca ativa nas unidades, o afastamento da criança da instituição até a cura da doença, cuidados com a higienização do ambiente, como limpeza e desinfecção do local, mobiliário, banheiros, utensílios e mamadeiras, além de higiene também dos funcionários cuidadores e que manipulam os alimentos.

De acordo com o secretário de Saúde, Ronaldo Carlos Gonçalves Júnior, a transmissão ocorre por meio do contato entre as pessoas, com a saliva, através de gotículas presentes no espirro e tosse, e no contato com fezes ou outras secreções (inclusive o líquido das bolhas) contaminadas. “Também pode ocorrer indiretamente por alimentos ou objetos contaminados”, explicou.

A incidência é maior durante o verão, mas também pode ocorrer em períodos frios, pois o vírus Coxsackie possui grande capacidade de mutação e é capaz de se adaptar a diferentes situações. Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

“As orientações foram de extrema importância para a nossa equipe. Além de saber como agir e orientar os pais quando da ocorrência de casos com a síndrome, também aprendemos a trabalhar a prevenção em nossas escolas”, disse Tânia.

SMPB

A síndrome é provocada habitualmente pelo Coxsackievirus A16, mas também pode ser causada por outros sorotipos do vírus Coxsackie, tais como o Coxsackievirus A2, A4 ao A10, B2, B3 ou B5. Outros vírus, como o Echovirus 1, 4, 7 ou 19 ou o Enterovirus A71 podem causar a mesma síndrome, com sintomas semelhantes.

De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), o quadro clínico costuma ser autolimitado e de curta duração em todos os sorotipos, com exceção para a síndrome causada pelo Enterovirus A71, trazendo complicações como a encefalite, meningite ou miocardite (inflamação do músculo cardíaco). A SMPB ocorre frequentemente em crianças com menos de 5 anos e pode, eventualmente, acometer adultos.

Sintomas

Os sintomas são semelhantes aos de uma gripe, com coriza, dor de garganta, falta de apetite, mal-estar e febre, podendo inicialmente ser confundida com um resfriado comum. Porém, o quadro pode se agravar com incidências de vômito e diarreia.

A SMPB causa o aumento dos gânglios na região do pescoço e pequenas úlceras dolorosas dentro da boca, na língua, na parte interna das bochechas e gengivas, semelhantes a aftas, o que pode causar falta de apetite e dor ao engolir. As lesões dificultam a ingestão de alimentos e líquidos, causando a desidratação.

Pequenas bolhas também são frequentes nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas podem surgir também nas nádegas, na região genital, joelhos e cotovelos, levando até 7 dias para secar; eventualmente, podem coçar. As bolhas na região da boca podem permanecer até 4 semanas.

Fonte: Assessoria/Prefeitura

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