Ex-moradora de rua de Catanduva consegue certidão de nascimento tardia com ajuda da Assistência Social

Aos 47 anos, a ex-moradora de rua Sandra Maria Viana vive a sensação de ter sua certidão de nascimento em mãos, depois de passar três décadas sem ter acesso ao registro oficial. Ela acaba de receber o documento por intermédio da Secretaria de Assistência Social. Sandra participa de atividades no Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua). A equipe da secretaria tomou conhecimento dos fatos e decidiu intervir.

Dentre as tentativas para conseguir a certidão, os profissionais da área entraram em contato com o setor de buscas de cartórios de outros Estados, por onde a moradora havia passado, mas sem sucesso. O Ministério Público da comarca local foi acionado e comprovou a falta de informações oficiais sobre o local de nascimento da munícipe. Diante do histórico, a Promotoria de Justiça autorizou a emissão de um novo documento com base nos dados indicados por ela.

Atualmente, Sandra trabalha nas ruas e sobrevive com o dinheiro que obtém como guardadora de veículos. Antes, por não possuir o registro de nascimento, ela não podia participar de programas sociais ou tirar outros documentos pessoais.

A equipe do Centro POP checou que a ex-moradora de rua é nascida em Baião, no Estado do Pará. Ela diz ter saído de casa ainda na adolescência e afirma ter perdido os documentos. Há cerca de 10 anos, Sandra passou a viver nas ruas de Catanduva e, recentemente, começou a dividir moradia com uma amiga. Até então, ela dependia exclusivamente do auxílio da Prefeitura, dormia na Casa de Passagem, fazia refeições e era acompanhada durante o dia.

Os profissionais da Assistência Social confirmam a mudança de comportamento da ex-moradora de rua, devido ao auxílio, visando à sua reinserção na comunidade.

Acolhimento

O Centro Pop é um programa de acolhimento, de atendimento individualizado, familiar, além de atividades socioeducativas em grupos. No local, os participantes passam por atendimento psicossocial e, dependendo do caso, o morador é encaminhado para tratamento de saúde. Os moradores de rua também podem fazer a higienização nas manhãs, tomam banho e recebem doação de roupas.

Fonte: Assessoria/Prefeitura

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