Las Vegas (EUA), 2 out (EFE).- O FBI descartou nesta segunda-feira qualquer vínculo de grupos terroristas estrangeiros com o tiroteio ocorrido na noite de domingo em Las Vegas, que deixou 58 pessoas e 515 feridos.
“Não existe nenhum vínculo conhecido entre o atirador e nenhum grupo estrangeiro conhecido”, afirmou um porta-voz do FBI em uma entrevista coletiva na cidade.
As autoridades tentaram assim desmentir um comunicado do Estado Islâmico (EI), divulgado através da sua agência de notícias, “Amaq”, e cuja autenticidade não pôde ser verificada, na qual os jihadistas alegaram que o autor do atentado era um de seus “soldados”.
O massacre aconteceu ontem à noite, quando Stephen Paddock, de 64 anos, abriu fogo do 32º andar do hotel Mandalay Bay contra uma multidão de mais de 22 mil pessoas que assistia a um festival de música country na principal avenida da cidade.
A polícia informou desde o início da investigação que Paddock era o “único suspeito” deste que é considerado o pior ataque a tiros da história moderna dos Estados Unidos, mas os motivos que o levaram a cometer o massacre são desconhecidos.
Por sua vez, o Departamento de Segurança Nacional divulgou um comunicado de manhã no qual descartava alguma outra “ameaça credível”, mas advertia que seria reforçadas as medidas de segurança em alguns lugares públicos do país.
Joe Lombardo, xerife do condado de Clark, onde fica a cidade de Las Vegas, afirmou que a investigação continua aberta e se referiu ao autor dos disparos como “um lobo solitário” que possuía um número considerável de armas.
Lombardo também falou sobre a residência do assassino, na cidade de Mesquite, a uma hora de carro de Las Vegas, onde as autoridades encontraram diversas armas no porão. Foi ainda confirmada uma segunda propriedade de Paddock no norte do estado de Nevada.
Paddock foi encontrado morto pela polícia no hotel onde fez os disparos. As autoridades consideram que ele se suicidou após cometer o massacre. EFE