Uma das etapas mais importantes da gravidez é o acompanhamento da fase pré-natal, para rastrear e diagnosticar possíveis doenças e complicações futuras.
O ginecologista e obstetra, Alberto Guimarães, defensor dos conceitos de Parto Humanizado e presidente do Instituto Michel Odent, recomenda uma lista de testes laboratoriais e exames de imagem, assim que a mulher toma conhecimento da gestação. Confira quais são:
Hemograma completo: serve para o diagnóstico de anemias e verifica as proporções, as quantidades e os aspectos do sangue. Repetir o exame no segundo e terceiro trimestre;
Tipagem sanguínea (ABO/Rh): averigua a compatibilidade sanguínea do casal;
COOMBS indireto: se o Rh da gestante for “negativo”, ela terá que realizá-lo durante todos os meses de gestação. Este exame prevê e evita a eritoblastose fetal, isto é, a incompatibilidade sanguínea da mãe com o feto;
Glicemia de jejum: detecta se há predisposição a desenvolver diabetes gestacional;
Anti HIV 1 e 2: indica se a gestante é soropositiva para HIV. No terceiro trimestre repete-se o exame;
VDRL: identifica se a mãe está infectada com a bactéria que causa sífilis. No terceiro trimestre repete-se o exame;
Sorologia para toxoplasmose: afere se a mãe já teve contato com os causadores da doença, já que o mal pode causar malformação fetal. Repete-se a sorologia para Toxoplasmose (se susceptível) no segundo e no terceiro trimestre da gestação;
Sorologia para rubéola: mostra se a gestante teve contato com os causadores da doença. A rubéola pode acarretar problemas neurológicos para o feto, além de cegueira e surdez;
Sorologia para hepatites B e C: avalia se a gestante contraiu a doença, uma vez que pode ser passado para o feto durante a gravidez;
Sorologia para citomegalovírus: essa espécie de vírus pode causar malformação no feto;
Urina tipo 1: estuda a presença de infecção urinária. No terceiro trimestre repete-se o exame;
Urocultura: pesquisa a presença de infecções urinárias, uma das principais causas de aborto e de parto prematuro. A gestante deve repetir exame no segundo e terceiro trimestre;
PPF em 3 amostras (exame de fezes): detecta se a gestante está com alguma verminose, o que pode aumentar a anemia;
Colpocitologia oncótica (papanicolau): teste necessário para identificar a presença de câncer de colo do útero;
Ultrassom morfológico de 11 e 14 semanas de gestação: é preciso para acompanhar o período da gravidez, além de possíveis malformações fetais e cromossômicas;
Ultrassom morfológico de 18 e 24 semanas de gestação: é capaz de avaliar a formação dos órgãos do feto;
Ultrassom obstétrico com aproximadamente 35 semanas: observa se o peso fetal estimado está adequado.
É importante ressaltar que existem muitos outros exames que podem ser realizados durante a gestação. Os demais são solicitados apenas em casos onde houver necessidade clínica para rastrear patologias materno-fetais específicas. “A quantidade, tipo e frequência de exames também podem variar de gestante para gestante, e dependerá dos riscos e de doenças de base de uma grávida. O médico obstetra é quem vai esclarecer as dúvidas e solicitar os exames necessários para cada paciente”, finaliza o médico.
Ginecologista e obstetra, defensor dos conceitos de parto humanizado, presidente do Instituto Michel Odent, o médico encabeça a criação do Programa Parto Sem Medo, um novo modelo de assistência à parturiente onde enfatiza que o parto é um evento de máxima feminilidade e a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), atualmente exerce o cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo para o Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana.
Fonte: Comunicação & Marketing