“Aqui a Cultura é tratada com seriedade e respeito. O Governo de SP vai investir R$ 40 milhões na ampliação do Museu da Diversidade e na criação de dois novos museus para entrega em 2022. O Museu da Diversidade será ampliado, modernizado e receberá novos equipamentos, ampliando o potencial de frequência e os valores de legitimidade daquilo que representa o museu, que se destina a todos, e não apenas à comunidade LGBTQI+. Ele enfatiza o respeito à diversidade e a inclusão deste segmento na nossa sociedade”, destacou Doria.
O Museu da Diversidade Sexual receberá investimento de R$ 9 milhões para as obras de ampliação, que vão resultar em um espaço cinco vezes maior do que o atual. Com o projeto de extensão, a área na Estação República do Metrô, no coração da capital, aumentará de 100 m² para 540 m² e o novo espaço subirá também para a superfície. A expansão permitirá a realização de exposições multimídia de longa duração, exposições temporárias e eventos, um Centro de Referência e outro de Empreendedorismo, café e loja.
O Museu da Diversidade Sexual foi criado em 2012 e, no ano de 2020, durante a pandemia, quando as instituições culturais tiveram de migrar para o mundo virtual, foi o segundo mais procurado, com 2,3 milhões de acessos, atrás apenas da Pinacoteca. As novas atrações vão fomentar ainda mais a missão do espaço, que é promover o resgate histórico, a transformação social e o desenvolvimento pleno do segmento, garantir visibilidade e reforçar a potência e o protagonismo da comunidade LGBTQI+. O início da implantação será em janeiro e a inauguração está marcada para julho de 2022.
Museu das Favelas
O Museu das Favelas nasce com a missão de articular, preservar e comunicar as potências das favelas paulistas e brasileiras: histórias e memórias de resistência e resiliência das comunidades, patrimônios culturais, produções artísticas, intelectuais, tecnológicas e científicas. A unidade contará com a parceria da Central Única das Favelas (Cufa) e tem investimento previsto de R$ 15 milhões.
Localizado no Palácio de Campos Elíseos, na região central de São Paulo, o equipamento contará com uma área de 8.208 m², que será dividida em espaços para exposição multimídia interativa de longa duração, exposições temporárias, Centro de Referência (biblioteca digital, auditório, pesquisas, estudos e conferências), Centro de Empreendedorismo (coworking, formação e capacitação, aceleração de startups), eventos, café e loja (comércio de produtos produzidos pelos próprios colaboradores). A abertura será em junho de 2022.
Museu das Culturas Indígenas
Primeiro museu feito e conduzido por indígenas no estado de São Paulo, o Museu das Culturas Indígenas será uma vitrine da força criativa das comunidades. Instalado no Complexo Baby Barioni, ao lado do Parque Água da Branca, o edifício terá sete andares, com 200m² cada, totalizando 1.400m² de área total. Haverá espaço para exposições de longa e curta duração, centros de pesquisa e referência, auditório, administrativo e reserva técnica.
Com investimento de R$ 14 milhões, o equipamento contará com a parceria do Instituto Maracá e de diversas lideranças indígenas, que estão participando de sua concepção e se manterão presentes após a inauguração. A abertura está programada para março de 2022, com uma exposição inaugural em homenagem a Jaider Esbell (1979-2021), artista brasileiro e um ativista dos direitos indígenas, que foi destaque da 34ª Bienal de São Paulo e faleceu precocemente, aos 42 anos, no mês passado.
Rede de museus
O Governo de SP possui um total de 20 museus em atividade – sendo 16 na capital e quatro no interior e no litoral, e os novos anúncios fazem parte do plano de expansão da rede. No total, há oito projetos já realizados ou em curso e mais 13 em fase de execução. A ampliação do Museu da Diversidade Sexual e criação dos novos museus reforça o compromisso de São Paulo com a promoção da cultura e preservação da memória.
Os três equipamentos receberão investimentos públicos e privados e estão em processo de convocação pública para administração dos espaços, sob o modelo de gestão por organizações sociais de cultura. A criação e ampliação dos museus têm curadoria de Marcello Dantas, museólogo e documentarista com mais de 30 anos de carreira. É de Dantas, por exemplo, a concepção do Museu da Língua Portuguesa.