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Anunciado como vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad admitiu que o partido pode apoiar o PSDB, rival histórico em disputas eleitorais desde 1994, caso o candidato tucano Geraldo Alckmin avance ao segundo turno contra o deputado Jair Bolsonaro (PSL).
“O PT não tem esse preconceito”, afirmou o ex-prefeito de São Paulo em evento promovido pelo banco BTG pactual, na tarde da última quarta-feira (8), na capital paulista.
Haddad citou como exemplo o apoio do PT ao PSDB nas eleições para o governo de São Paulo em 1998, quando a então petista Marta Suplicy ficou de fora e o tucano Mário Covas seguiu para o segundo turno contra Paulo Maluf (PPB, atual PP).
Dois anos depois, nas eleições municipais, Marta concorria ao cargo de prefeita contra o mesmo Maluf e acabou apoiada pelo PSDB no segundo turno.
Líder de intenção de votos na pesquisa eleitoral mais recente, lançada pelo Instituto MDA nesta quarta-feira (8), Bolsonaro apresenta 18,9% da preferência do eleitorado, seguido por Alckmin (15%), em cenário testado sem a presença de Lula — caso tenha a candidatura deferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista assume o primeiro lugar, com 21,9%.