Justiça condena prefeito Afonso Macchione por improbidade administrativa e prefeito terá que devolver um ano de salário

O título da matéria acima compõe o destaque do site passando a limpo de hoje escrito e publicado pelo jornalista Arthur Godoy Júnior e seguido por milhares de catanduvenses (http://www.passandoalimpo.com/). Na verdade o título inteiro é o que segue abaixo e fala da situação do prefeito Macchione. Leia na integra.

Macchione cancela coletiva que estava marcada para convencer sobre mudanças nos benefícios dos municipiários; Justiça condena prefeito por improbidade administrativa e prefeito terá que devolver um ano de salário; Ministério Público pedirá perda de direitos políticos e mandato-

O dia promete ser quente no meio político. Além da volta dos vereadores nas sessões do legislativo, vários assuntos completam a pauta catanduvense. Começando pela condenação do prefeito Afonso Macchione por improbidade administrativa. A Justiça catanduvense o condenou a devolver um ano de salários como prefeito por ter cometido improbidade administrativa.

– Numa das edições do Imprensa Oficial, Macchione utilizou o órgão oficial para comparar a qualidade de seu asfalto com o material do ex-prefeito Félix Sahão. O imprensa oficial não pode ser usado de forma pessoal, defendendo causas ou fazer comparações de governos. O Partido dos Trabalhadores entrou com uma ação, que foi julgada procedente, mas extinta. O PMN entrou com um recurso, e o Ministério Público de Catanduva pediu a reabertura do processo e nova análise das provas e alegações.

– Desta vez, não teve choro e nem vela. Macchione foi condenado a devolver um ano de salário de prefeito. Obviamente cabe recurso. O problema é que além do prefeito, o próprio Ministério Público vai recorrer. Para a promotoria, a pena foi muito branda. Vai solicitar a perda dos direitos políticos e do próprio mandato de Macchione.

– Vale dizer que o prefeito terá que devolver seu salário de forma atualizada – com juros e correção. Alguns acreditam que a brincadeira poderá chegar à casa dos R$ 150 mil, ou mais.

– Bem, pelo menos o prefeito vai estar colaborando com os cofres públicos – alegação que o próprio tem usado para defender mudanças nos benefícios dos municipiários.

– Com a divulgação das informações de que a pauta da reunião com vereadores na última sexta-feira foi a mudança – e corte – nos benefícios dos municipiários, o prefeito Afonso Macchione marcou para esta terça-feira, às 14h00, uma coletiva com a imprensa local e regional. Porém, alegando que o material não está pronto para ser apresentado para a imprensa, na manhã desta terça-feira o prefeito cancelou a coletiva. O assunto seria justamente o funcionalismo público. Segundo uma fonte, Macchione iria alegar o caos financeiro para defender as mudanças nos benefícios dos trabalhadores. A começar pelo plano de saúde. O prefeito quer, no mínimo, que se aumente a parcela de contribuição dos municipiários em relação ao pagamento do plano.

– Enquanto ele sugere esta mudança, continua recorrendo em Brasília contra o pagamento do dissídio relativo a 2015, quando os trabalhadores ganharam o direito de ter seus salários reajustados em 5%. Vale lembrar ainda que além deste pagamento, a prefeitura precisa pagar praticamente dois anos de diferença, além de férias e 13º salário.

– No final do dia, a partir das 19h00, o Simcat realizará uma assembleia. Deve discutir aquilo que o prefeito vai apresentar na coletiva. Nos bastidores do funcionalismo, a indignação é geral. Mas por enquanto os municipiários estão apenas indignados. Não foi marcado nenhum tipo de protesto ou mobilização. As redes sociais estão fervilhando.

– Após a divulgação do vídeo em que o presidente da Câmara ataca o prefeito Afonso Macchione – video gravado há 45 dias – o Enfermeiro Ari não mais se pronunciou publicamente. Desde a gravação do vídeo, muita água passou pela ponte. O problema é que Ari está mudando de opinião e começa a defender as mudanças nos benefícios dos municipiários. Com a mesma alegação do prefeito: caos financeiro.

– Na noite de ontem, segunda-feira, um municipiários entrou em contato com o Passando a Limpo. Segundo ele, muitos celetistas aposentados continuam com cargos na prefeitura e com salários consideráveis. Ou seja: o corte dos celetistas nestas condições poderia ser o primeiro passo para cortar os custos com a folha de pagamento.

– O vereador Amarildo Davoli já se posicionou. Ele deverá ser contra qualquer alteração nos benefícios dos municipiários. Davoli, que atualmente é do mesmo partido do prefeito, tem um ninho sindicalista. Os vereadores Gaúcho e André Beck também estariam contra essas mudanças. Resta saber se Nilton Cândido, ligado ao Simcat, estará a favor dos trabalhadores ou do prefeito.

– Ditinho Muleta também avisou que votará contra as mudanças propostas pelo prefeito.

– Até agora, os salários dos municipiários não foi pago. Na manhã desta terça-feira, uma fonte da área econômica do governo informou que se preciso for o prefeito vai alegar que sem as mudanças até mesmo a folha de pagamento dos servidores corre risco.

– Ou seja: vai para o tudo ou nada.

Publicações relacionadas