Mais ricos ganham 36 vezes mais do que os mais pobres

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Uma levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quarta-feira, 11, detalha os níveis da concentração de renda e a desigualdade entre os brasileiros em 2017.

A pesquisa Rendimento considerou todas as fontes de renda da população, como aposentadorias, pensões, salários e programas como o Bolsa Família. Ela aponta que no ano passado, 10% dos cidadãos detinham R$ 4,33 a cada R$ 10 existentes no país.

1% mais rico
A faixa mais rica da população brasileira, correspondente a 1% do total, ganhou 36,1 vezes mais do que a metade com menos dinheiro, faturando, em média, R$ 27,2 mil por mês, enquanto o rendimento mensal dos mais pobres foi de R$ 754, cerca de 0,7% da renda total.

De acordo com o instituto, o valor, apesar de alto, é menor do que o obtido em 2016: na época, era 36,3 vezes maior.

Igualdade
A renda média per capita foi reduzida em 2017, passando de R$ 1.285 em 2016 para R$ 1.271, uma queda de 1,09%. O IBGE aponta que se a distribuição de renda no país fosse igualitária, cada pessoa receberia por mês cerca de R$ 2,1 mil.

Regiões
Em todas as regiões do país, com exceção do Sudeste, que registrou uma ligeira queda na concentração de renda, houve aumento na desigualdade social.

Para analisar a desigualdade nas regiões do Brasil o IBGE considerou o Índice de Gini, um indicador que vai de 0 a 1, sendo que 0 significa uma distribuição perfeita de dinheiro e 1 a pior possível. A região Sudeste teve nota 0,529, enquanto a região Nordeste ficou em 0,567, Norte com 0,544, Sul com 0,477 e Centro-Oeste com 0,523.

De onde vem o dinheiro?
Cerca de 60% da população brasileira teve, em 2017, algum tipo de fonte de renda. O número de pessoas que teve rendimentos vindos do trabalho caiu, passando de 42,4% para 41,9%, enquanto a parcela que teve acesso ao dinheiro vindo da aposentadoria cresceu, saindo de 13,9% para 14,1%. A pensão alimentícia, a mesada e a doação não registraram aumento, ficando em 2,4%. Os alugueis tiveram um pequeno aumento em relação a 2016, saindo de 1,8% para 1,9% no ano passado.

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