Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil
Milhares de servidores protestam hoje (16) em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da cidade, contra o pacote de cortes do governo do estado, que terá duas medidas votadas à tarde. Eles criticam as grades colocadas no entorno da assembleia e colocaram uma guarita com um policial de vigia, comparando a Alerj a uma penitenciária.
Além da guarita, os manifestantes puseram uma faixa de “inauguração do presídio” com os dizeres: “o presídio para políticos inimigos do povo – Alerj 1”. O ato é para protestar contra o pacote de medidas, que incluía em sua primeira versão a redução de até 30% dos salários dos servidores. O governo estadual manteve os cortes de 9 mil benefícios de aluguel social, de restaurantes populares e a extinção de órgãos públicos.
Ao anunciar as medidas, no último dia 4, o governador Luiz Fernando Pezão disse que elas são fundamentais para evitar a demissão de servidores e recuperar o equilíbrio fiscal. Caso não sejam implementadas, a previsão é de um déficit de R$ 52 bilhões até dezembro de 2018 para o governo do estado.
Agora à tarde, serão votadas pela Alerj, a partir das 15h, duas das 21 medidas – o corte de 30% dos salários do governador, vice-governador, de secretários e subsecretários estaduais e a redução do limite para pagamento de dívidas de pequeno valor no estado.
Dezenas de policiais da Força Nacional foram convocados emergencialmente para garantir a segirança. Na semana passada, a assembleia chegou a ser depredada em um protesto. Hoje, para evitar invasões, os próprios servidores organizaram um cordão de isolamento antes das grades.
Policiais militares, civis e bombeiros participam do ato que começou às 10h e conta com a adesão de várias categorias, como servidores da Justiça e educação.
Edição: Graça Adjuto