No dia 5 de agosto é comemorado o Dia do Médico Patologista, especialista responsável pelo diagnóstico de várias doenças, entre as quais o câncer e é fundamental também para o transplante de órgãos. Este profissional atua de forma multidisciplinar junto aos médicos das várias especialidades, como clínicos, oncologistas e cirurgiões, entre outros, para determinar o tratamento ideal para pacientes diagnosticados com o tumor.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dr. Clóvis Klock, uma das principais lutas da entidade é conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer. “Quando a doença é descoberta na fase inicial, o paciente tem, em média, 80% de chance de sobreviver. Por isso, a importância de fazer exames regularmente e ficar atento aos sinais”, diz.
Os avanços da medicina com a Patologia Molecular possibilitam novas abordagens para o câncer e permitem um tratamento personalizado para cada paciente. É fato que existe cura para o câncer, mas claro que isso dependerá do diagnóstico precoce e do estágio da doença, além do tipo de tumor encontrado. Alguns dos tipos possuem altas taxas de cura, mesmo se forem detectadas em fases mais avançadas. Mas isso não é o ideal, já que a taxa de efetividade é menor.
Existem 21 tipos de câncer mais incidentes no País, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O tumor maligno mais encontrado é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). São esperados 704 mil casos novos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025.
Os sintomas são variados, já que existem vários tipos de câncer. Alguns deles podem aparecer de maneira muito sutil e serem confundidos com doenças menos graves ou até nem aparecer na fase inicial. Daí a importância de realizar exames preventivos, como a mamografia, para o câncer de mama, e a colonoscopia, para o câncer de cólon, para citar alguns exemplos. No entanto, esse tipo de exame apenas levanta a suspeita da doença. O diagnóstico definitivo de câncer é dado por análise de biópsia pelo médico patologista, de quem depende também a indicação de tratamentos como quimioterapia e terapias-alvo.
Na última quarta-feira, 2/8, o Dr. Clovis Klock, esteve em Ato Solene no Congresso Nacional, em Brasília, pelo lançamento da campanha Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão. Na ocasião, defendeu rapidez, qualidade e eficiência no diagnóstico e tratamento do câncer para dar a todos os pacientes qualidade de vida e cura. “Temos que levar a todos os pacientes um diagnóstico rápido, preciso, e dar a eles a qualidade de um bom tratamento”, disse ele no evento, organizado pelo Instituto Oncoguia e pela deputada federal Fátima Morais (PDT).
Na presença do coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, Dr. Fernando Maia, que também participou do Ato Solene, o Dr. Klock disse que confia que o Ministério e a SBP, trabalhando juntos, chegarão a algumas soluções para melhorar o diagnóstico de câncer na rede pública de saúde. Falou também que não se pode ter apenas alguns locais onde os pacientes tenham diagnóstico rápido. “Meu SUS tem que ser igual ao seu SUS”, afirmou. Além da SBP, o Ato Solene teve apoio da Frente Parlamentar em Prol da Luta Contra o Câncer, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT).
A SBP tem trabalhado em diferentes campanhas de saúde durante todo o ano com o intuito de criar uma maior conscientização dos brasileiros. “Em caso de qualquer desconfiança, o paciente deve procurar um profissional imediatamente. Quanto mais rápida a doença for diagnosticada, maior será a chance de cura”, finaliza o presidente da SBP.
Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) tem o objetivo de promover a integração e educação continuada dos médicos especialistas da área, priorizando sempre a comunicação e o aprimoramento técnico-científico. Desde o início de suas atividades, a associação promove, a cada dois anos, o Congresso Brasileiro de Patologia, que em 2024 chegará a sua 34ª edição. A SBP também produz o jornal “O Patologista”, um informativo com notícias sobre a especialidade, com periodicidade trimestral.
