Moro participa de seminário que reuniu ‘pessoas que estão mudando o mundo’

Evento do qual o juiz Sérgio Moro participou ocorreu em Lisboa e contou com personalidades de diferentes áreas, como Edward Snowden, ex-agente da CIA, e Sofana Dahlan, uma das primeiras juízas sauditas

Lisboa — O juiz de Curitiba, Sérgio Moro, responsável por julgar os casos da operação Lava-Jato em primeira instância, foi um dos convidados do seminário ‘Eles estão a mudar o mundo saiba como no Estoril’, transcorrido na terça-feira (30/5) na charmosa cidade balneária de Estoril.

Além de Moro, participaram personalidades das mais diversas áreas e de vários países, como Madeleine Albright, ex-secretária de Estado americano; o ex-agente da CIA Edward Snowden, asilado na Rússia, que falou por videoconferência; Sofana Dahlan, uma das primeiras juízas sauditas; e Nigel Farage, membro do parlamento britânico e um dos grandes responsáveis pelo Brexit.

Delação premiada

Moro participou de painel ao lado de importantes juízes, como Balthazar Garzon, o espanhol que pediu a prisão de Pinochet na Inglaterra; e o português Carlos Alexandre, que conduz processo envolvendo o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Um dos temas que mais interessam os portugueses sobre o qual Moro falou foi o instrumento de delação premiada, inexistente na Justiça lusitana por ter sido rejeitado pelo parlamento. Houve uma grande busca do público e de jornalistas para o painel de que Moro tomou parte. Ao fazerem o credenciamento, os profissionais da mídia foram avisados de que o brasileiro não concederia entrevista.

Palestrante do “Estoril Conferences – Global Challenges, local answers”, que aconteceu de segunda (29) a quarta (31), em Portugal, o juiz Sérgio Moro é destacado em um outdoor do evento. Ao lado de personalidades, como o promotor público italiano Antonio Di Pietro, o magistrado brasileiro estampa a publicidade com o texto: “Eles utilizaram a Justiça para arrasar a corrupção. Eles mudaram o mundo”. Em sua pequena biografia no site da conferência, Moro é exaltado pelo seu trabalho à frente da Operação Lava Jato, descrita como um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com o envolvimento de empresário e políticos de alto-escalão. O juiz integrou a mesa de discussão “Combatendo o Crime na Democracia: Qual o papel e os limites do sistema criminal de justiça?”.

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