Seja qual for o gênero, situações patológicas desse tipo geram desconforto estético, mas podem ser tratadas
Cicatrizes hipertróficas e quelóides não são apenas um incômodo estético; podem causar desconforto e afetar a autoestima de pessoas de todos os gêneros. Embora o processo de cicatrização normalmente resulte em um novo tecido que fecha a ferida, em alguns casos, a cicatrização pode não ser tão simples.
De acordo com a cirurgiã plástica Ana Carolina Chociai, responsável técnica da renomada Clínica Chociai em Curitiba, há uma confusão comum entre cicatrizes hipertróficas e quelóides, o que pode dificultar o tratamento adequado. “Muita gente acredita que qualquer cicatriz mais grossa ou avermelhada é um queloide, mas isso não é correto”, explica Chociai.
A principal diferença entre as duas condições está no comportamento das cicatrizes. “Enquanto a cicatriz hipertrófica tende a regredir sozinha com o tempo e se restringe ao local da ferida original, o queloide não regrede e pode expandir-se além dos limites da cicatriz original, assumindo uma aparência mais tumoral e elevada”, detalha a especialista.
A cicatriz hipertrófica é caracterizada por uma elevação e espessamento notáveis devido a uma produção excessiva de colágeno durante a cicatrização. Normalmente, ela melhora com o tempo sem a necessidade de intervenções intensivas.
Por outro lado, os quelóides são mais persistentes e frequentemente aparecem como nódulos elevados, podendo causar dor, coceira e desconforto. Eles são mais comuns em pessoas com predisposição genética, afetando especialmente negros, asiáticos e hispânicos.
“Os quelóides podem exigir tratamentos mais avançados, como combinações de terapias tópicas e radioterapia, para controlar seu crescimento e melhorar a aparência”, acrescenta Chociai.
Entender essas diferenças é crucial para buscar o tratamento correto e aliviar os desconfortos associados a essas condições de cicatrização.