Só se fala nisso na cidade: o vereador Daniel Palmeira acaba de ser preso. Uma reportagem completa do Diário da Região esclarece.
“Uma grande operação do Gaeco esta ocorrendo desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, dia 14, em Catanduva e Tabapuã, para prender integrantes de uma quadrilha acusada de fraudes em licitações públicas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O grupo seria liderado pelo vereador Daniel Palmeira, de Catanduva.
Ao todo estão sendo cumpridos 50 mandados, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte, e cidades da região de Rio Preto Piracicaba, Campinas, ABC e Franca. Participam da operação 23 promotores de Justiça e cerca de 90 policiais das Polícias Militar e Civil.
De acordo com o Ministério Público, participam do esquema 15 empresas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, todas do ramo de fabricação de arquivos deslizantes. Foi descoberto que os sócios e representantes comerciais possuem comprovada vinculação entre si e participavam de licitações simulando concorrência que, na verdade, não existia. As empresas participavam das licitações após prévio ajuste entre elas.
Também foi apontada a participação de agentes públicos, os quais não só sabiam dos ajustes entre as empresas, mas agiam de modo a preparar editais e seus anexos para que os objetos licitados fossem direcionados às empresas do grupo.
Segundo informações do Gaeco, foram identificadas mais de 70 licitações fraudadas pelo grupo em todas as regiões dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, as quais, somadas, geraram prejuízos aos cofres públicos na ordem de mais de R$ 8 milhões.
As fraudes ocorreram em diversos órgãos públicos, principalmente câmaras de vereadores, em razão da facilidade que um dos integrantes da organização, Daniel Palmeira, tinha com vereadores de muitas cidades.
Após a deflagração da operação na data desta quinta-feira, 14, as investigações prosseguirão para apurar outros fatos, para levantar os números de crimes praticados pela organização criminosa e identificar outras pessoas envolvidas e valores faturados com as fraudes. Ao fim do prazo das prisões temporárias será analisada a necessidade de sua prorrogação ou se já será o caso de oferecimento de denúncia com eventuais pedidos cautelares diversos “.