Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU 3 – Saúde e bem-estar

Cindy Sherman (EUA, 1954) transformou autorretratos fotográficos em manifestações artísticas antes do termo selfie existir. Ela usou roupas, próteses e maquiagem para criar personagens muitas vezes exagerados ou grotescos. A Série de fotos “Clowns” (2003 – 2005) explora os sentimentos que podem estar atrás do rosto pintado de um palhaço.

A ideia de alguém desempenhar diversos papeis para divertir, mesmo que esteja melancólico, permeia a série. Cindy assume diversas facetas do personagem, fotografado em frente a uma tela verde com um fundo renderizado digitalmente. Em “Sem título # 413”, surge uma enigmática imagem desfigurada, para a qual maquiagem, máscara e a roupa são essenciais.

O palhaço usa uma jaqueta bordada com o nome “Cindy”, alusão ao fato de a artista, ao contrário da maioria dos seus trabalhos, não estar explicitamente na cena. Ela desaparece, perdendo a identidade perante a personagem. Os trabalhos, pioneiros no amplo uso da artista de manipulação por computador, apresentam personagens plenos de mistério.

Oscar D’Ambrosio
@oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador

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