Rosa dos Anjos é uma personalidade que representa a arte, cultura, meio ambiente e a mulher da Amazônia. Uma desbravadora na defesa dos ideais dos artistas plásticos e artesões do estado do Amazonas e da região Norte. Artista conhecida nacional e internacionalmente, representou a cultura e a arte da Amazônia em diversos eventos internacionais na África do Sul, Suíça, Espanha, Itália, Portugal, França, Panamá e Cuba.
Em Manaus, suas obras estão em diversas partes da cidade, como por exemplo, a escultura da Onça – Pintada do CIGS e o banco em formato de folha no Parque do Mindú. Agora, ela se prepara para apresentar seu trabalho na exposição coletiva “Arte sem Fronteiras” que acontece em Roma, de 9 a 19 de setembro na Galleria La Pigna com curadoria de Ligia Testa e Sandra Setti. Rosa vive da arte há muitos anos e, ressalta a importância do trabalho na economia de uma região. “O ganho que podemos ter através da arte, da geração de renda, isso é importante. Vivo em função da arte”, complementa. Sua tela intitulada “Voo da Paz”, foi entregue em mãos ao Papa Francisco pelo conselheiro indígena, padre Justino Sarmento Rezende, do povo Tuyuka, durante um dos encontros do Sínodo para Amazônia, no Vaticano, e hoje faz parte do acervo oficial do local.
A artista visual foi Delegada de Cultura, representando os artistas do Estado do Amazonas junto ao Ministério da Cultura e também foi eleita e empossada em 2015, Conselheira Municipal de Cultura, fato que resultou na assinatura da Lei Municipal de Incentivo à Cultura em Manaus. Reconhecida mundialmente pelos seus feitos entre eles, se destas a luta dela com os demais ativistas amazonenses que mobilizaram a sociedade amazonense para que o Hospital Santa Casa, no centro de Manaus não fosse demolido ou leiloado. Esse movimento encabeçado pela Rosa dos Anjos garantiu uma resposta da justiça federal que determinou que o prédio da Santa Casa não fosse leiloado e sim revitalizado.
Muita ativa na cidade onde vive atualmente, assina projetos como a construção da árvore de natal, construída com materiais recicláveis envolvendo associações e cooperativas de Coleta Seletiva. Sua reivindicação junto à Prefeitura de Manaus, permitiu que os grafiteiros locais fossem reconhecidos e valorizados em espaços públicos para que eles pudessem expor sua arte. Em outras partes do Brasil, projetou e construiu parques temáticos em Maringá e São José dos Pinhas, ambas cidades do Paraná, com esculturas em cimento armado da fauna e flora amazônica. Em Chaves, no Pará, fez dezenas de escultura com árvores e raízes trazidas até a orla da cidade através da pororoca. No interior da cidade do Amazonas, tem obras em cimento armado em Tefé, Coari e Caapiranga. Rosa dos Anjos, sempre fez seus trabalhos com contrapartidas sociais, utilizando mão de obra local, ensinando o ofício das artes na comunidade onde são realizados seus trabalhos, dando palestras sobre empreendedorismo e deixando um legado com uma mensagem de educação e respeito ao próximo e ao meio ambiente.
Se destaca em exposições como as realizadas em Manaus e em São Paulo, com obras de mais de 70 artistas locais, tendo uma obra sua integrada ao Museu do Tietê, onde também recebeu homenagem. Rosa dos Anjos é premiada no Brasil e em outras partes do mundo pela relevância de seu trabalho e defesa do meio ambiente pelo Poder Público, por instituições respeitadas e reconhecidas, inclusive pelas Forças Armadas do Brasil, com medalhas e honrarias.
Suas obras poderão ser apreciadas na Galleria La Pigna, que fica na Via della Pigna, 13a (Palazzo Maffei Mariscote), Roma, Itália.