Lidia Madeira, uma artista que sabe explorar a técnica da aquarela com maestria, participará, de 9 a 19 de setembro, da exposição internacional “Arte sem Fronteiras”. A artista integra o grupo que expõe em Roma, na Galeria La Pigna, com curadoria de Ligia Testa e Sandra Setti.
Entrevistada por nossa redação, Lidia conta sua trajetória artística:
“A primeira professora veio dos 6 aos 10 anos. Era o início dos anos 60s. Com ela mastiguei a figura humana e suas proporções, o espaço em perspectiva e as cores do mundo visível. Fiz calar o meu desenho genuíno de menina, tão precioso. Passei muito tempo tentando reencontrá-lo e até hoje a espontaneidade original é o meu desafio.
Surgiram outros cursos acadêmicos, por fim a FAAP dos anos 70s, com múltiplas técnicas. Recém-formada, especializei-me em restauração de obras sobre papel. Trouxe do restauro a percepção do suporte papel e a intimidade com ele. O reencontro com o desenho e com a cor se deu em Piracicaba, com o convívio de grandes artistas como Antonio Pacheco Ferraz, Manoel Martho, Tuco Amalfi e Cezira Carpanezzi, com quem iniciei a desconstrução da forma.
Sob a luz intensa e as cores quentes de Piracicaba abracei a aquarela, que há muito amava ao ver os trabalhos de minha avó. Vieram as exposições e premiações. Campinas, em 2004 um novo ciclo: o reencontro comigo mesma. Sem conflitos o desenho se despoja de preconceitos e a cor se intensifica. São velhos companheiros, criam figuras sem fronteiras entre o real e o imaginário, como só a aquarela é mestra em fazer. Nela a linha define forma, figura e fundo, mas a água os invade e os integra, justapondo e sobrepondo a cor. É a transparência e movimento, a força e a beleza da técnica. É meu caminho de volta. ”
A Galleria La Pigna em Roma fica localizada em Italia Lazio Roma – Via della Pigna, 13a (Palazzo Maffei).
Abaixo algumas obras de Lídia Madeira:
