Os crochês de Georgia Pires Rister

Quando se pensa em arte têxtil, as imagens que surgem na mente de cada um são muito variadas. Alguns a vinculam com artesanato e outros já articulam imagens ligadas ao cenário contemporâneo, em que o ato de tecer se mescla com outras linguagens.

Georgia Pires Rister vê o crochê como uma possibilidade de pesquisa, em que diversos conceitos se mesclam e ampliam. Suas manifestações plásticas estão inseridas em um universo que pode expressar memórias pessoais, tradições culturais, contextos e costumes dentro de um olhar em que o passado e o presente dialogam.

O desafio é construir o futuro. Cada trabalho permite ser lido como uma cortina de palco de teatro, em que as tramas criam texturas que se tornam passos no palco da existência de cada criador visual, de cada sociedade e da humanidade como um todo, proporcionando um mergulho na densidade simbólica de linhas e tramas.

O próximo passo sempre é o mais importante no sentido de buscar soluções técnicas e visuais que expressem uma história. Por lidar com artes tradicionais, todo trabalho manual provém de uma mescla de saberes multiculturais e de sentimentos plásticos que percorrem sutis percursos individuais e coletivos.

Oscar D’Ambrosio
@oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador.

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