Os Humanoides de Monteiro de Barros

São chamados Humanoides seres com aparência à humana. Geralmente são apresentados como bípedes, de corpo ereto, que possuem dois olhos, um nariz e uma boca dispostos com a mesma ordem da face humana. No entanto, não são seres humanos, mas representações que deles se aproximam ou que com eles conversam de alguma maneira.

Nesse sentido, esta exposição apresenta instalações, objetos e quadros que trabalham com esse conceito, com destaque para o diálogo entre a arte contemporânea a e a arte considerada mais acadêmica. São discutidas distintas representações visuais, aparentemente díspares, que dialogam e geram tensões, ironias e complementariedades.

As temáticas incluem o preconceito racial, a luta de cada ser humano para atingir seus objetivos, os paradoxos do existir, as possibilidades de criar ironias simbólicas e históricas, as diversas formas de lidar com a existência, a importância de se ter referências e o debate de como utilizá-las em jogos visuais em que o conjunto é mais importante do que a soma das partes.

Acima de tudo, existe a apresentação visual da reflexão de como ser criativo é uma postura perante o mundo regida pela convicção de que cada manifestação plástica é uma necessidade fundamentada na permanente prática de pensar o mundo de maneiras diferentes, apresentando ao público reflexões sobre o significado da arte e da vida. Afinal, humanoides somos todos nós.

Oscar D’Ambrosio
(@oscardambrosioinsta)
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador.

Publicações relacionadas

Leave a Comment