Parar de fumar é possível e necessário para sua saúde, alerta pneumologista da Unimed Catanduva

O mês de maio se encerra com um grande desafio, o Dia Mundial sem Tabaco. Criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem o objetivo de alertar sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo, mas que podem ser evitadas.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, substância presente no cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e no próprio fumo; o vício se torna comum em 90% dos casos.

O tabaco pode fazer com que o fumante desencadeie uma série de enfermidades, como doenças metabólicas periféricas, cardiovasculares, cerebrovasculares, menopausa precoce às mulheres, disfunção erétil aos homens, doenças gastrointestinais, neoplasias e, o mais preocupante, doenças pulmonares.

“Os problemas no pulmão e as neoplasias são as principais causas de doenças que acometem os fumantes. Ambas estão em pleno crescimento e provocam limitações e até mesmo a morte”, alertou o pneumologista Renato Eugênio Macchione, cooperado da Unimed Catanduva.

Macchione alerta que as doenças cardiovasculares também alcançam grande parte dos fumantes. “As doenças cardiovasculares e cerebrovasculares continuam ampliando sua faixa de incidência e atingem pessoas relativamente jovens”, completou.

O cenário atual, causado pelo novo coronavírus, reforça a importância do combate ao fumo. Segundo o INCA, os riscos estão relacionados ao contágio, por conta do contato constante dos dedos com os lábios ao fumar. Também existem riscos ao compartilhar bocais para inalar fumaças, como o narguilé e dispositivos eletrônicos. Além disso, o cigarro expõe quem não fuma a uma área de maior risco de infecções respiratórias agudas graves.

É possível parar de fumar?

Fazer o acompanhamento médico, atrelado com psicólogo e demais profissionais de saúde, ajuda a pessoa que quer parar de fumar a ter êxito na tomada de decisão. “Com muito empenho e tratamento com uma equipe multidisciplinar é possível deixar o vício e amenizar as síndromes de abstinência durante o tratamento”, completou o cooperado da Unimed Catanduva.

Além do apoio médico, é possível parar de fumar em mais “nove passos”:

– Tenha determinação

Por ser uma doença crônica, pode ocorrer recaídas. Alguns precisam recomeçar mais de uma vez. Por isso, não desista e foque nos benefícios que são perceptíveis nas primeiras 24 horas, e que melhoram com o passar do tempo.

– Marque um dia para parar

Escolha uma data do mês: procure uma data especial (aniversário, feriado etc.) e escolha um método (abrupto ou gradual).

– Corte gatilhos

Algumas situações ou alimentos podem fazer com que haja vontade de fumar. Na alimentação, por exemplo, evite álcool e café. Situações como estar com alguém fumante ou esperar o ônibus, por exemplo, podem dar vontade de fumar.

Ao sair, procure locais em que é proibido fumar. Em casa, caso sinta vontade, pode deixar alguns cubinhos de frutas congeladas para substituir pelo cigarro.

– Escolha um método para parar

Pode ser de forma abrupta ou gradual, reduzindo aos poucos. Anote numa folha os horários e tente espaçar ainda mais o intervalo entre eles.

– Faça substituições saudáveis

Mantenha uma dieta equilibrada, adicione alimentos saudáveis, evitando doces ultra processados e frituras. Procure fazer atividade física.

– Livre-se das lembranças do cigarro

Se você tem cinzeiro, jogue-os fora; desfaça locais voltados para fumar e mude os móveis de lugar.

– Busque apoio da família e amigos

O apoio de amigos e familiares ajuda a fazer essa escolha mais fácil.

Fonte: Ministério da Saúde e Unimed Catanduva

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