Na última segunda-feira (10/02) a cantora Lexa usou suas redes sociais para contar que sua filha, Sofia, não resistiu às complicações do parto e faleceu. A pequena nasceu dia 02/02 após a artista passar por uma internação por conta de pré-eclâmpsia precoce com Síndrome de Help. A menina faleceu três dias após o nascimento e o caso chamou atenção para os cuidados com a saúde no momento gestacional.
O pré-natal é um acompanhamento médico essencial durante a gestação, que visa garantir a saúde da mãe e do bebê. Esse cuidado deve ser iniciado assim que a gravidez for confirmada, com consultas regulares, exames laboratoriais e de imagem, além de orientações sobre alimentação, atividade física e saúde mental.
Segundo a ginecologista obstetra Dra. Ana Sodré, a importância do pré-natal na gravidez é inquestionável, em paralelo ao acompanhamento do médico obstetra.
“Algumas condições só podem ser detectadas durante o pré-natal, como a hipertensão, que muitas vezes se manifesta de forma sutil. Cada mulher tem características próprias, como idade e peso, e isso influencia diretamente nos níveis ideais de pressão arterial. Para avaliar corretamente, pode ser necessário realizar um exame chamado MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), onde o médico terá mais informações sobre o estado de saúde da mãe e do bebê”, disse a médica.
Os principais sintomas da pré-eclampsia são, pressão arterial alta, proteinúria (perda de proteínas pela urina), inchaço principalmente nas mãos e pés, dores de cabeça, alterações da visão, náuseas e vômitos e outros sintomas mais raros. O médico que acompanha o pré-natal solicita rotinas de exames de sangue e urina para prevenção em gestantes.
“Com a evolução da medicina diagnóstica, hoje o laboratório também dispõe dos testes Biomarcadores para Pré Eclampsia (sFlt-1 e PlGF), que podem ser realizados no primeiro trimestre da gestação, com uma simples coleta de amostra de sangue. Estes testes sinalizam precocemente a doença, são úteis para prever a doença e o controle do risco”, frisou a diretora médica patologista clínica da rede Laboratório Bittar, Dra. Christina Bittar.
A especialista explica que a pressão arterial pode aumentar gradativamente e, quando associada a dois outros fatores, a proteinúria (presença de proteína na urina) e o edema (inchaço) configura um quadro chamado pré-eclâmpsia. “Apesar de a mulher e o bebê parecerem bem, a placenta e os rins podem estar comprometidos, representando um risco grave. Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, caracterizada por convulsões. Nesse estágio, a única solução é a retirada imediata do bebê para preservar a vida da mãe e da criança”, ressaltou a médica ao relembrar que a pré-eclâmpsia afeta cerca de 5% a 8% das gestantes todos os anos.