Prefeitura atende Diocese e apresenta projeto para autorizar sepultamento de bispos em cripta na Catedral

A prefeita Marta do Espírito Santo Lopes encaminhou projeto de lei para a Câmara de Vereadores para autorizar o sepultamento de bispos na Sé Catedral Santuário Nossa Senhora Aparecida. Para isso, a Diocese de Catanduva construirá uma cripta no local, conforme legislação e sob fiscalização da Empresa Funerária Municipal.

O tema foi abordado em reunião entre a prefeita e o bispo Dom Valdir Mamede, no início da semana. Também estiveram no gabinete o padre Jonas e os advogados da Cúria Diocesana, acompanhados pelo vereador Ivan Bernardi, que apoia a causa.

Conforme informações da Secretaria de Administração, o projeto de lei visa instituir uma legislação municipal em consonância com os preceitos da Igreja Católica.

O Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos “Apostolorum Successores”, da Igreja Católica, traz em seu Apêndice, no Item 245, orientações sobre “A morte e as exéquias do Bispo Diocesano”, dispondo expressamente que o Bispo Diocesano será sepultado numa igreja, que convém ser a Catedral de sua Diocese.

Do mesmo modo, o Código de Direito Canônico, no Capítulo V, trata “dos Cemitérios” e dispõe sobre a proibição de sepultamento de cadáveres em igrejas, exceto quando se tratar do Romano Pontífice, Cardeais ou Bispos Diocesanos.

“Nós temos na atual legislação da Igreja uma afirmação de princípio de que os bispos e aqueles que se equiparam aos bispos, no caso os bispos diocesanos, têm direito de serem sepultados nas suas igrejas catedrais. Temos no Brasil algumas catedrais de dioceses de antiga constituição que já foram erguidas se prevendo os locais para sepultamento dos bispos e dos seus equiparados”, expõe Dom Valdir.

Segundo ele, esse não é o caso de Catanduva, pois a Igreja Catedral já existia quando a Diocese foi criada. “Por isso nós não temos uma cripta, um local especial para o sepultamento dos bispos. O que se pretende com a parceria com a Prefeitura é que a seja edificada uma cripta para sepultamento dos bispos que tenham oferecido a sua vida pela Diocese de Catanduva”.

A Prefeitura não assumirá nenhum empenho financeiro quanto à construção. O Bispado de Catanduva assumirá as despesas para edificar esses espaços, de forma vertical, observando as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

“Quero constar o agradecimento da Diocese à Prefeitura, por ter recebido o pleito, compreendido e se dispor a encaminhar à Câmara de Vereadores, que seguramente irá aprová-lo. São 284 Dioceses no Brasil e Catanduva é um caso raro de Igreja Catedral que ainda não tem a sua cripta. É um tema importante, pois trata de respeito àqueles que nos precederam e aos quais devemos ser gratos”, completa.

Bispos

Três bispos lideraram a Diocese de Catanduva, sendo o primeiro deles Dom Antônio Celso de Queiroz, cuja posse foi em 25 de março de 2000. Ele foi sucedido por Dom Otacilio Luziano da Silva, a partir de 17 de janeiro de 2010, e mais recentemente, por Dom Valdir Mamede. A missa de posse foi realizada em 31 de agosto de 2019.

Fonte e Imagem: Comunicação/Prefeitura de Catanduva

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