O Governo do Estado de São Paulo entrega nesta sexta-feira (19), a primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Pitangueiras, município localizado a 55 quilômetros de Ribeirão Preto, no interior paulista. As obras foram executadas com financiamento da Desenvolve SP – agência de fomento estadual ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
A Prefeitura de Pitangueiras obteve verba por meio das linhas de crédito Água Limpa (LAL) e Linha Municípios Sustentáveis (LMS). O complexo teve investimento total de R$ 17,6 milhões, dos quais cerca de R$ 10,5 milhões (equivalentes a 60% do custo da obra) foram originados nos empréstimos concedidos pela Desenvolve SP. A Estação de Tratamento de Esgoto de Pitangueiras é uma obra histórica para o município. O saneamento básico vai beneficiar mais de 33,5 mil pessoas na cidade.
Além do benefício social, ligado diretamente à saúde humana, a viabilização da ETE de Pitangueiras também terá impacto na sustentabilidade ambiental. Antes da construção da Estação, os dejetos eram lançados diretamente no córrego das Pitangueiras (que corta a cidade) e desaguavam no Rio Mogi Guaçu, sem nenhum tipo de tratamento. A partir de agora, o esgoto passa a ser 100% tratado, e ambos os cursos d’água poderão ser recuperados.
O tratamento de esgoto previne doenças e garante dignidade à população, além de proteger fauna, flora e a biodiversidade regional, promovendo a descontaminação das fontes de água.
Mau cheiro
A psicopedagoga Cintia Pereira da Silva, de 37 anos, mora há seis anos no bairro São Benedito. Para ela, a Estação de Tratamento de Esgoto vai melhorar muito a vida de todos. O despejo do esgoto diretamente nos cursos d’água incomodava muito os moradores. “Passei por constrangimentos muitas vezes. Quando recebia pessoas na minha casa, elas sempre comentavam o mau cheiro da região. Com a conclusão da obra, o mau cheiro cessou”, afirmou a moradora.
Cintia também citou outros benefícios dessa obra histórica para a cidade. “A perspectiva que temos agora em relação a essa obra é a contribuição para a nossa saúde, para o meio ambiente, além da chegada de mais indústrias e a geração de empregos”, acrescentou a psicopedagoga.
O complexo, formado por três lagoas, já consegue tratar 100% do esgoto coletado. Ele ocupa uma área de 73,2 mil m² e foi construído estrategicamente no quilômetro 362 da rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), com uma capacidade de tratar mais de 130 litros de esgoto por segundo.
Morador do bairro Pedro de Felício há 30 anos, Givaldo Gomes dos Santos, de 51 anos, tem a casa próximo ao córrego das Pitangueiras, que hoje não recebe mais os dejetos. “Minha casa é bem perto do córrego. Já senti muito cheiro de esgoto, almoçando, jantando, mas hoje não sinto mais nada. Agradeço muito, estou muito feliz”, declarou Givaldo.
Desenvolve SP e sustentabilidade
Além do saneamento básico, diversos projetos podem ser financiados pelas Linhas Água Limpa (LAL) e Municípios Sustentáveis (LMS), como os relacionados à agroindústria, à substituição de fontes de energia não renováveis por renováveis, além de mobilidade urbana, construções e reformas de prédios públicos (creches e escolas) e outros que gerem desenvolvimento sustentável para municípios do Estado e proporcionem qualidade de vida para a população.
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