Uma novidade mortal entre os anos 80 e 90, o HIV, vírus causador da Aids, se tornou uma doença crônica mais próxima e comum do que se imagina. De acordo com o Ministério da Saúde, 920 mil brasileiros são soropositivos; 77% deles fazem o tratamento com antirretroviral e, destes, 94% não transmitem o HIV por via sexual.
Quem descobre que é portador do vírus HIV pode ter acesso, de forma gratuita, ao tratamento. Em seis meses, a carga viral está indetectável. “É importante deixar claro que a doença não tem cura”, ressaltou a assistente social Mila Moraes Portapilla, coordenadora do Programa Municipal IST/Aids.
Mesmo com a pandemia da Covid-19, em Catanduva a adesão ao tratamento manteve-se estável, porém, houve redução na procura pela testagem rápida para o diagnóstico do HIV. A procura foi 51% menor, se comparada ao mesmo período do ano passado.
Considerados grupos de risco, os portadores de HIV assistidos pelo programa municipal, que tiveram Covid-19, apresentaram sintomas leves. “Eles permaneceram em isolamento domiciliar, sem a necessidade de um tratamento diferenciado”, disse Mila.
Fake news X HIV
Além de lidar com a discriminação, quem é portador do vírus também sofre com informações falsas e que podem, inclusive, atrapalhar o tratamento para controlar a doença.
“Tem quem acredita que o vírus pode ser transmitido por mosquitos ou que a doença não se transmite mais”, alertou Mila. Isso diminui o medo, mas não o preconceito. “Eles têm conhecimento, mas quando descobrem ficam com medo de sofrer represálias. Infelizmente, o descuido em relação ao sexo e acesso ao álcool e drogas deixam as pessoas mais vulneráveis”, completou.
O infectologista e cooperado da Unimed Catanduva, Ricardo Santaella Rosa, reitera que os cuidados devem continuar. “A proteção é essencial. Saiba escolher bem o parceiro ou a parceira. Faça sexo casual sempre com camisinha”, disse.
O HIV é uma doença que pode ser sexualmente transmitida por sexo vaginal, oral e anal ou no contato com o sangue infectado.
Foto: Divulgação
Fonte: Assessoria/Prefeitura