Um projeto piloto idealizado pela Prefeitura de Catanduva, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, prevê a produção de adubo para utilização em áreas verdes e na fertilização de mudas, árvores nativas e ornamentais a partir de resíduos orgânicos produzidos em escolas municipais.
Num primeiro momento, foi desenvolvida uma área de compostagem no Viveiro de Mudas, que firmou parceria com a EMEI Professora Neuze Baptista, na Vila Lunardelli. Assim, todo o resíduo da merenda escolar produzido na escola é encaminhado ao Viveiro, ao invés de ir para o lixo.
O primeiro ciclo deste composto, que levou cinco meses até se tornar adubo, foi utilizado em áreas públicas e no próprio viveiro.
“A Prefeitura prioriza a sustentabilidade. Depois dos recicláveis, chegou a vez de reutilizarmos o lixo orgânico. Assim, reduzimos a quantidade de resíduos que chegam ao aterro”, diz a chefe da divisão de limpeza urbana, Daniela Amaral.
A compostagem nada mais é do que transformar restos de comida em adubo a partir de um processo natural. “A partir desse procedimento, deixamos de adquirir de terceiros e passamos a produzir nosso próprio composto”, ressalta o engenheiro agrônomo da Prefeitura, Mario Meirelles.
O departamento, agora, avança para uma segunda etapa: montar um novo tanque de compostagem, maior, para aumentar a produção do adubo. O espaço escolhido ainda é o Viveiro de Mudas, até que a fase de testes seja finalizada.
“Se der certo, teremos de conseguir uma área grande para a demanda que iremos receber de todas as escolas do município”, explica Meirelles.
Além de área e estrutura necessárias, a expansão exigirá também uma logística de coleta adequada e periódica e a aquisição de equipamentos que possibilitem aumentar essa produção.
Passo a passo
O processo de compostagem é bastante demorado. Para que os resíduos orgânicos possam ser transformados em adubo são necessários vários processos que levam, em média, cinco meses. O primeiro passo consiste na construção de um tanque de concreto, onde serão acomodados os restos de alimentos.
Esses resíduos são misturados a folhagens, galhos de árvores, calcário, estercos de curral e terra, formando várias camadas. Desta forma, o material ficará abafado e terá início o processo de decomposição. Para chegar ao composto, é preciso umidificá-lo constantemente, remexendo e movendo o material, de maneira que os gases e a decomposição ocorram de forma correta.
Fonte: Assessoria/Prefeitura