Reino Unido inicia vacinação em massa contra covid-19

País dá inicio à 1ª fase do programa com aplicação de 800 mil doses da vacina da Pfizer-Biontech em idosos e profissionais de saúde. Mulher de 90 anos de idade é a primeira a ser vacinada.

O Reino Unido deu início nesta terça-feira (08/12) ao maior programa de vacinação de sua história, e se tornou o primeiro país a iniciar a aplicação em massa do imunizante contra a covid-19 desenvolvido pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã Biontech.

As primeiras doses da vacina – que foi amplamente testada e examinada por fontes independentes – estão sendo aplicadas em pessoas com mais de 80 anos de idade, funcionários de casas de repouso e profissionais da saúde e assistentes sociais que atuam na linha de frente.

A inglesa Margaret Keenan, que completará 91 anos na próxima semana, foi a primeira pessoa a receber umas das 800 mil doses disponíveis para a primeira fase de vacinação. O Reino Unido espera ter outras 4 milhões de doses à disposição até final de dezembro.

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, celebrou o momento histórico e chamou esta terça-feira de Dia V – uma referência ao Dia da Vitória da Segunda Guerra Mundial. As autoridades, porém, pediram paciência à população e que as pessoas aguardem para que primeiro os mais vulneráveis recebam as doses da vacina.

As equipes médicas vão entrar em contato com seus pacientes e agendar as consultas, mas a maioria terá de esperar até o próximo ano, uma vez que a expansão do programa de vacinação ocorrerá apenas quando houver imunizantes em quantidade suficiente.

Maratona pela frente
As 800 mil doses iniciais são apenas uma fração do total necessário para o país. O governo quer vacinar em torno de 25 milhões de pessoas, ou seja, aproximadamente 40% da população, ainda na primeira fase.

Após imunizar os mais vulneráveis, o programa será ampliado para faixas etárias diferentes, começando pelos mais velhos. Os estoques serão distribuídos inicialmente para 50 centros hospitalares e, posteriormente, fornecidos para outros hospitais.

Qual a diferença entre eficácia e efetividade de uma vacina?
Algumas questões de logística geram atrasos na distribuição da vacina, que deve ser armazenada a uma temperatura de -7 ºC. O diretor médico do Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra, Stephen Powis, disse que o programa de vacinação será “uma maratona, e não uma corrida de curta distância”.

À frente na corrida
Mesmo assim, o Reino Unido largou na frente, após as agências reguladoras do país concederem autorização para a vacina da Pfizer e Biontech em caráter de emergência, no dia 2 de dezembro.

As autoridades da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos também avaliam a eficácia do imunizante, assim como os produzidos pelo laboratório americano Moderna e pela colaboração entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, entre outros.

No último sábado, a Rússia iniciou um programa de vacinação para milhares de médicos, professores e outras categorias utilizando a vacina Sputnik V, produzida no país. O programa russo é visto de modo diferenciado, uma vez que o governo autorizou sua aplicação em meados deste ano após testar o imunizante em apenas algumas dezenas de pessoas.

O Reino Unido é o país europeu com mais mortos em decorrência do novo coronavírus, com mais de 61 mil óbitos. O país já registrou mais de 1,7 milhão de casos da doença.

RC/ap/afp

Fonte: dw.com

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