Redação Vida e Estilo,Yahoo Vida e Estilo
*Por Bruno Rodrigues
Assim como Elisa Fernandes, a primeira vencedora do “Masterchef Brasil”, Izabel Alvares, campeã da temporada 2015 do reality culinário, também era produtora de eventos e deixou a carreira. No entanto, as semelhanças entre as trajetórias das moças acaba por aí. As mudanças de Izabel foram além da troca de profissão. A carioca, após se ver na TV, secou 39 quilos e mudou sua forma de cozinhar, adotando o estilo culinário low carb. O resultado: lançou a Magrela, grife de produtos livres de carboidratos.
Hoje, além de investir no projeto e sonhar em levá-lo para uma loja própria, além de supermercados, grava participações no “Masterchef Brasil” e assina o menu de um restaurante no Rio de Janeiro. Ah, ela também participou de um filme com a atriz Fabiana Karla. A seguir, Izabel fala sobre todas as mudanças dos últimos dois anos, como investiu o valor do prêmio e seus novos projetos gastronômicos.
Dois anos após vencer o MasterChef, como você avalia a sua participação no programa?
Minha vida mudou completamente. Eu tive uma transformação pessoal: emagreci 39 kg e sei que só consegui perder esse peso graças à minha participação no programa. Lá tive a oportunidade de me enxergar, me ver na televisão e perceber minhas dificuldades, minha falta de disciplina. Hoje, sou muito menos ansiosa, bem mais organizada e disciplinada.
Além disso, migrei de profissão: parei de trabalhar com produção de eventos e, agora, trabalho com gastronomia. Estou lançando a minha própria marca, a Magrela, de produtos com baixo índice de carboidratos complexos, basicamente em cima da dieta que eu fiz. Ou seja, a minha cozinha mudou completamente. Comecei há menos de um mês e já vendo 300 produtos por semana. Trata-se de um trabalho completamente manual, caseiro. Eu mesma produzo e tem sido uma experiência incrível. Estou muito feliz!
Após o programa, voltou a encontrar os jurados e a Ana Paula Padrão?
Acabei de gravar um programa especial com a Ana Paula Padrão e fiquei muito feliz por ela ter me escolhido. Entre os chefs, mantive contato com o Jacquin. Tenho o telefone dele e, às vezes, trocamos mensagens. Ele é uma pessoa muito generosa, especial e, que, genuinamente, desde o começo do programa, senti uma conexão muito forte.
Também gosto muito dos outros chefs, mas eles são mais reservados. Me identifico muito com a Paola. Não apenas por ser mulher, mas pelo tipo de cozinha que ela faz. E serei eternamente grata ao Fogaça, pois se não fosse ele eu não teria entrado no programa. Foi o Fogaça, na seleção, quem me chamou para voltar à sala depois de praticamente ter sido desclassificada e falar um pouco sobre os motivos pelos quais eu gostaria de estar no “MasterChef”.
Segue amiga de alguém que participou da sua edição?
Estou longe de todo mundo, pois são todos de São Paulo e eu moro no Rio de Janeiro. A pessoa com quem mais tenho contato é o Raul, pois vou muito à Band gravar para “A Prévia” do “Masterchef”, que é apresentada por ele e pelo Leo, vencedor da temporada de 2016. Ter ido à final com o Raul nos transformou em pessoas que, eternamente, terão alguma espécie de vínculo. Apenas nós dois sabemos o que passamos. E eu gosto demais dele e da família, a Laura (esposa), os pais… É como se fossemos uma família. A gente trabalha junto, ele é meu assessor. Então, nos falamos sempre. É uma relação de muita confiança, trabalho, parceria e amizade.
Por que fez o curso na Le Cordon Bleu só no segundo semestre de 2016, embora tenha vencido o programa em 2015?
Fui para a França apenas um ano após ter ganho o programa porque existem muitas oportunidades profissionais para o vencedor do “MasterChef”. Muitas empresas querem fazer eventos com quem ganhou o título… Então, foi um ano com muitas ofertas e eu não podia abrir mão financeiramente desses trabalhos. Inclusive porque, embora eu tenha ganhado a bolsa para o curso, teria de me manter em Paris. Logo, preferi esperar o programa ter um novo ganhador e esse ciclo se encerrar para que eu pudesse viajar.
Qual a principal lição que aprendeu na Le Cordon Bleu?
Como me organizar dentro da cozinha. Eles são muito disciplinados e possuem uma metodologia que, depois de tantas vezes repetidas, você acaba absorvendo, entendendo e mudando por completo a maneira de cozinhar e fazer o pré-preparo dos alimentos. As aulas eram em francês, mas tinham tradução simultânea em inglês, língua na qual sou fluente. Então, consegui acompanhar tranquilamente. Eu não falo nada de francês, foi uma dificuldade que tive no meu cotidiano lá. Mas no geral, a viagem foi maravilhosa!
Você e a Sabrina (outra participante da edição) abriram o Canal Batedeira, no Youtube. Por que desistiram do projeto?
A Sabrina voltou para São Paulo e o canal era aqui no Rio. Nós não tínhamos nenhum tipo de apoio financeiro e bancávamos tudo. Então, basicamente, se tornou inviável continuar.
Continua prestando consultoria à restaurantes?
Eu presto consultoria ao Lapa 40 Graus, que é um restaurante bem famoso no Rio de Janeiro e, inclusive, já teve uma filial em São Paulo. Na verdade, é uma das maiores casas de show da cidade, talvez a maior, para três mil pessoas. Basicamente, desenvolvi o cardápio e estou passando os pratos com os cozinheiros. Eu não ficarei na cozinha, apenas assinei o cardápio.
Você participou de um filme, o “Uma Pitada de de Sorte”, com a atriz Fabiana Karla. Como foi?
A personagem dela, pessoalmente, tem muito a ver comigo. Ela foi participar de um reality show, era toda gordinha, chorava muito… foi muito legal por se tratar de uma metalinguagem. Fiquei muito feliz e emocionada com esse convite.
Atualmente, como é a sua rotina no Rio de Janeiro?
Estou trabalhando com a minha marca. Lancei a Magrela Bag, que é uma sacola com dez produtos funcionais e low carb. Todo mês, mudam os itens da sacola. Aceito os pedidos até as segundas-feiras e faço entregas às quintas. O volume de pedidos tem sido grande e estou me estruturando. A intenção é, no ano que vem, abrir uma loja, uma delicatesse em que as pessoas possam comprar fisicamente e, também, uma loja online para cada um montar a sua própria bag. Além disso e do cardápio do Lapa 40 graus, faço jantares nas casa das pessoas, algo que adoro, mas é para, no mínimo, dez pessoas. Ah, e exercícios físicos, que são muito importantes para mim.
O que você fez com o prêmio de R$ 150 mil do programa?
Usei parte para ir à Paris, pois como disse, o curso é gratuito, mas tive de me manter por lá. Também dei uma porcentagem do dinheiro para o meu marido, que me sustentou em São Paulo durante o tempo do programa. E o resto está guardado.
Da atual edição do “MasterChef Brasil”, para quem está torcendo?
Para a Débora. Ela superséria, excelente cozinheira, carioca como eu… Gosto muito do estilo de cozinha dela. Não acho que começou a cozinhar para participar do “MasterChef”, que é algo que vejo muito. Ela é uma pessoa que, efetivamente, gosta de cozinhar desde sempre.
Quais são seus próximos passos no universo culinário?
Realmente, investir na Magrela. Quero levá-la aos supermercados, ter a minha loja física e online. O estilo de cozinha da Magrela mudou a minha vida e é o tipo de cozinha que abracei para mim. Existe um mercado muito grande composto por pessoas que também vivem uma vida low carb e que são carentes desse tipo de produto. Então acho que me tornei uma boa representante desse estilo de vida. Fico muito feliz por ver as pessoas abraçando a Magrela com carinho. Para quem quiser, no site, tem várias receitas sem carboidratos (magrela.net).