26-07 – Ser avô é carregar gerações de aprendizado, afeto e memória

Por Fredi Jon

Num tempo em que tudo parece urgência, os avós são o silêncio que permanece. Eles não apenas contam histórias — eles são as histórias. São o território sagrado onde a vida da família começou a germinar muito antes de sabermos o que era crescer. Em cada ruga, em cada gesto paciente, há um legado que não se lê em manuais: herança de sangue, de luta e de amor transmitido sem espetáculo.

A genética nos conecta por dentro. Herdamos o tom da voz, a forma de andar, o modo como reagimos ao mundo. Mas há uma herança ainda mais sutil: aquela que nos ensina a ser humanos. Os avós nos moldam por osmose, pela convivência, pelo olhar cheio de mundo. Com eles aprendemos a cozinhar com o coração, a costurar com silêncio, a ouvir sem interromper. Eles são os guardiões de uma sabedoria que não envelhece — porque foi construída com dor, com fé e com esperança.

Em um mundo que valoriza a velocidade, os avós ensinam o tempo. O tempo da espera, do cuidado, do afeto que não tem pressa. Eles são a pausa necessária em uma existência que, sem memória, se torna vazia. Ao seu lado, aprendemos que a vida não é feita de conquistas rápidas, mas de vínculos duradouros. Aprendemos que amar é permanecer, é repetir gestos com ternura, é ser chão firme quando tudo à volta balança.

E há também o que não se vê: o que ficou deles dentro de nós. Os conselhos ditos meio rindo, meio sérios. As histórias que já ouvimos mil vezes, mas que agora, com mais idade, entendemos de outro jeito. O cheiro do café passado na hora certa. A bênção antes de dormir. Tudo isso forma o tecido invisível da nossa identidade. Eles são a raiz, e raiz não aparece, mas sustenta.

Por isso, neste 26 de julho, cantar uma serenata para os avós não é apenas oferecer um presente simbólico. É retribuir a canção da vida que eles nos deram sem partitura, mas com alma. É lembrar que, num tempo de ausências e distâncias, sua presença é o que nos ancora. Cantar para eles é dizer: “eu reconheço quem veio antes, e em mim vocês continuam.”

Agradecer aos avós é mais do que um gesto,  é um ato de permanência. Porque o que eles nos deixaram não morre. Transforma-se em legado, em raízes profundas que sustentam nossas escolhas, nossos afetos, nossas formas de amar. E quando um avô ou uma avó parte, não é o fim. É como se parte deles continuasse pulsando dentro da gente, dizendo baixinho: “estou aqui, mesmo quando você se esquecer.”

Eles são o que há de mais eterno em nós.

Todo o nosso carinho em nome  da Serenata & Cia

11 99821-5788 – serenataecia.com.br

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