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Um dia após colocar na cadeia Anthony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (17) Sérgio Cabral, também ex-governador fluminense. Ele foi alvo de dois mandados de prisão preventiva.
Cabral foi preso sob a acusação de cobrança de propina em contratos com o poder público. Uma das operações que renderam a prisão é a Calicute, consideradas um dos braços da Lava Jato no Rio.
Por volta das 7h da manhã desta quinta, um carro saiu da garagem do ex-governador. Para dispersar manifestantes favoráveis à prisão, que estavam lá desde o começo da manhã, a polícia teve de utilizar gás de pimenta.
A investigação envolvendo Cabral teve como ponto de partida as delações de Clóvis Primo e Rogério Numa, executivos da Andrade Gutierrez. Os dois revelaram à força-tarefa que executivos das empreiteiras se reuniram no Palácio Guanabara, sede do governo do Ruio, para tratar de propina.
O mandado foi expedido pelo juiz Sergio Moro e visa cumprir, de forma coordenada, 14 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária.