Serviço de Radioterapia/HCC será inaugurado dia 14/09 pelo governador João Doria

A Fundação Padre Albino confirmou que o governador João Doria virá a Catanduva no dia 14 de setembro próximo para inaugurar o Serviço de Radioterapia no Hospital Emílio Carlos, às 13h00. A vinda do governador foi intermediada pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. O Serviço de Radioterapia, somado aos demais serviços oferecidos à população (consultas, exames, cirurgias, internação e quimioterapia), fecha o ciclo de tratamento e compõe o Hospital de Câncer de Catanduva.

Apesar de não ter sido inaugurado oficialmente, a Radioterapia já iniciou os atendimentos no dia 14 de agosto último. No momento, o HCC tem sete pacientes em tratamento diário – dois com câncer de mama; dois com câncer de cabeça e pescoço, um com câncer de pulmão, um com câncer no sistema nervoso central e um com câncer na região de coluna vertebral (paliativo). Oito pacientes estão em processo de simulação no Serviço de Tomografia e até este sábado, 07 de setembro, a Radioterapia terá em torno de 17 pacientes em tratamento diário. A previsão é que até o fim de setembro 25 pacientes estejam realizando tratamento diário.

Medicina Paliativa

O Hospital Emílio Carlos, com a contratação da médica paliativista Mariana Ramires de Lima Fachini, implantou o Serviço de Medicina Paliativa, tornando-se um dos pioneiros no interior do Estado de São Paulo a oferecer esse atendimento. A ‘Medicina Paliativa’ ou ‘Cuidados Paliativos’ é uma abordagem integral e multiprofissional de pacientes e seus familiares, frente a uma doença incurável, promovendo melhora da qualidade de vida, controle e prevenção de sintomas e o alívio do sofrimento em todas as suas dimensões (física, psíquica, social e espiritual).

“Na sociedade brasileira, falar sobre a morte ainda é um tabu; porém esquecemos que ela é a única certeza que temos. Aceitar e aprender a lidar com a morte é tomarmos consciência da nossa própria vida e, talvez, assim, valorizar o que temos de mais precioso: o tempo”, disse Dra. Mariana, ressaltando os limites da medicina e sua ética em oferecer cuidados paliativos nos casos de doenças incuráveis. “Quando não há possibilidade de cura podemos, e muito, melhorar a qualidade de vida e de morte do paciente”, ressaltou.

De acordo com o administrador do Hospital Emílio Carlos, Benedito Carlos Rodrigues, esse serviço completa a assistência do hospital. “Temos muitos pacientes com doenças crônicas e com idade já avançada e precisamos ter esse atendimento à disposição dos familiares e assistidos”, frisou.

Especificamente para atendimento aos pacientes com câncer foi criado o projeto “Amor em forma de movimento”, composto pela equipe multidisciplinar de cuidados paliativos do hospital formada pela médica Dra. Mariana Ramires de Lima Fachini, nutricionista Patrícia Ramos, psicólogas Daniela Zampieri e Nínive Mayara Ferraz, assistente social Maria Aparecida Batista Nacci, e a coordenadora do Setor de Fisioterapia do Hospital Emílio Carlos, Bruna Gabriela de Oliveira, com toda sua equipe de fisioterapeutas.

No Brasil

A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) fez recentemente levantamento sobre os serviços de Cuidados Paliativos (CP) disponíveis no país. Realizado tendo como base o Mapa de Cuidados Paliativos que se encontra disponível no site da ANCP, ele reúne todas as informações fornecidas pelas equipes atuantes no Brasil. O resultado deste levantamento foi reunido no Panorama dos Cuidados Paliativos no Brasil, documento que a ANCP disponibiliza em seu site.

Realizado com dados coletados até o dia 16/08/18 foram contabilizados durante o levantamento 177 serviços de Cuidados Paliativos atuantes no país. Considerando-se que o país apresenta mais de 5 mil hospitais, sendo pelo menos 2.500 com mais de 50 leitos, observa-se que menos de 10% dos hospitais brasileiros disponibilizam uma Equipe de CP. Para efeito de comparação, levantamento de 2016 feito pelo Center for Advanced Palliative Care (CAPC) sobre o número de equipes de CP nos EUA, encontrou mais de 1800 equipes atuando, cobrindo mais de 75% dos hospitais norte-americanos com mais de 50 leitos.

Fonte: Assessoria/FPA

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