Vendedora denuncia violência doméstica e delegado pergunta se ‘não foi o guarda-roupa’

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A vendedora Flávia Batista Florêncio, moradora da cidade de Piancó, no sertão paraibano, foi à delegacia denunciar uma agressão do ex-companheiro, mas relatou ter sido questionada pelo delegado se o ferimento não teria sido causado pela porta de um guarda-roupa ou uma queda.

A mulher contou à TV Paraíba que foi agredida quando voltava para casa com uma amiga. “Já entrou batendo em mim. Não lembro de muito coisa. Lembro de imagens. Quando eu me deito para dormir, vejo flashes, não consigo lembrar de tudo”, relatou.

Segundo a mãe de Flávia contou à reportagem, o delegado fez perguntas irônicas a ela sobre o que teria causado as escoriações.

“O delegado perguntou ironicamente ‘tem certeza que isso não foi a porta do guarda-roupa?’, ‘tem certeza que a senhora não caiu da escada?”.

Segundo a vendedora, ele não autorizou a medida protetiva e informou à advogada dela que não seria um “segurança particular”. Por isso, Flávio fez um pedido direto ao Ministério Público.

À reportagem da TV Paraíba, o delegado Rodrigo Pinheiro, responsável pelo caso, não respondeu sobre o tratamento dado à mulher quando ela foi registrar a ocorrência.

Ele disse ainda que tem duas linhas de investigação: a primeira, apresentada pela vítima, de que foi agredida em casa pelo ex-companheiro; e a outra de que ela foi agredida durante uma briga em um bar.

O delegado disse que irá ouvir testemunhas para concluir o inquérito policial e que não concedeu a medida protetiva porque avaliou que não era necessário.

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