A perda de audição é classificada como leve, moderada, moderada severa, severa e profunda
Com o passar do tempo, o organismo cobra a conta da forma como levamos a vida. Isso ocorre, também, com a audição. O alerta é da Sociedade Brasileira de Otologia (SOB), que chama atenção para os cuidados com a saúde auricular, uma vez que é cada vez mais comum o registro de pessoas que perdem sua audição de forma precoce.
De acordo com o otorrinolaringologista Dr. Waldecir Veni Sacchetin, cooperado da Unimed Catanduva, a perda auditiva ou hipoacusia (baixa audição), ocasionada por ruídos ou sobrecargas de volume de som. Por exemplo, o uso inadequado de fone de ouvido, causa a perda de audição de forma irreversível. “O ouvido não deve ser submetido ao som acima de 85 decibéis (dB) [unidade de medida de ruídos, de som]. Quando ocorre essa agressão ao órgão de corti (órgão responsável pela transmissão de audição) de maneira intensa e prolongada, essa lesão é irreversível”, explicou.
Justamente para que não haja esse tipo de lesão no ouvido, a grande preocupação das indústrias, hoje em dia, é que o operário faça o uso correto do protetor auricular. O uso inadequado pode causar a Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional (Paio).
No caso do uso de fone de ouvido, principalmente por jovens, o ideal é saber controlar o volume do aparelho, conforme explicou o otorrinolaringologista. “O fundamental é que a pessoa ao lado não consiga ouvir o que o outro esteja ouvindo por meio do fone de ouvido. Caso ouça, é um alerta de que o som está além do ideal e pode lesionar a audição”, ressaltou.
O cuidado também deve ser redobrado em lugares públicos, evitando ficar próximo a caixa de sons em shows e quermesses, além de controlar em casa o volume da televisão e rádio, e o tempo de uso do aparelho eletrônico.
Quando procurar um médico?
Um dos sinais que pode alertar para a necessidade de avaliação médica, ou o uso da prótese, é quando o indivíduo demonstra a dificuldade de ouvir coisas em seu cotidiano, seja assistindo uma televisão, ou numa roda de conversa entre amigos ou familiares, quando insiste pela repetição do que foi dito, quando não, aumenta constantemente o volume do som.
No caso da criança, o baixo rendimento escolar também pode ser um alerta de que esteja com dificuldade em ouvir e, por isso, não consegue desenvolver a aprendizagem. “Em alguns casos a criança é apontada como distraída, mas, na verdade é que não está conseguindo ouvir o que é dito a ela”, ressaltou Dr.Waldecir.
A perda de audição é classificada em leve, moderada, moderada severa, severa e profunda. A recomendação é que o paciente, ao suspeitar da dificuldade na qualidade de audição, faça uma avaliação audiológica com um otorrinolaringologista, por meio do exame de audiometria (exame que mede a audição do paciente). “Se no exame for acusado uma perda moderada ou intensa da audição, a pessoa pode ser submetida a uma prótese auditiva”, explicou o especialista.
Fonte: Comunicação Unimed Catanduva