Justiça de Catanduva cassa vereador de Tabapuã

A Justiça Eleitoral de Catanduva cassou o mandato do vereador Fabio Rodrigo Bosque (DEM), por propaganda eleitoral irregular. Fidiol, como é conhecido, foi o vereador mais votado da cidade em outubro passado com 562 votos.

Segundo a decisão da justiça, o vereador teria se beneficiado de publicações em um jornal que circula na cidade. “O requerido foi reeleito com 562 votos, e, embora se reconheça que, na medida do possível, a tentativa deva ser no sentido de prestígio à democracia, os fatos por ele praticados são graves e dotados de potencialidade lesiva, hipótese em que não podem ser aceitos pela Justiça Eleitoral”, escreveu o magistrado na sua sentença.

Poucos dias após as eleições, Fidiol já havia sido condenado e havia tido todos os seus votos anulados também pelo mesmo motivo. O juiz da 179ª Zona Eleitoral de Catanduva, Antonio Carlos Pinheiro de Freitas, julgou procedente ação proposta pelo Ministério Público e declarou Bosque inelegível pelo período de oito anos, além de “anular todos os votos por ele recebidos nas eleições municipais de 3 de outubro de 2016, nos termos do art. 222, c/c o art. 237, ambos do Código Eleitoral, bem como cassar-lhe o registro de candidatura”, conforme consta na decisão de Freitas.
Na sexta-feira (23/06/2017), Fabio foi comunicado da decisão que teve que deixar o cargo imediatamente.

Quem assume o cargo é o vereador Vanderlei Franzoni, conhecido como Tiririca, que fez 256 votos nas últimas eleições.

Fidiol disse que todos os presidentes sempre escreveram para uma coluna de um jornal na cidade chamada “A voz do presidente” e que não tinha conhecimento da ilegalidade. “A gente sempre parava em período eleitoral, mas nunca imaginava que isso daria algum problema. Foi com base em uma denúncia da oposição e o Ministério Público acatou”, explica.

Bosque disse que já entrou com recurso no TSE e que aguarda a decisão da justiça. O recurso tem 30 dias para ser analisado. Segundo a Câmara da Tabapuã, a sessão de posse do vereador deve acontecer em 15 dias.

(Foto: Arquivo Gazeta do Interior)

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