Mostra Cênica Resistências inscreve para webinários gratuitos

Estão abertas as inscrições para quatro webinários gratuitos que marcam a ação de lançamento da 6ª edição da Mostra Cênica Resistências, a ser realizada de 18 a 22 de abril de 2023, em São José do Rio Preto, interior paulista, e cidades do entorno. Aberta a todas as pessoas interessadas, a série de webinários será realizada de 11 a 17 de abril, pela plataforma Zoom, antecedendo a abertura oficial da mostra, cuja programação completa será divulgada nos próximos dias. A iniciativa é da companhia Cênica, idealizadora do projeto, em parceria com os coletivos Primavera nos Dentes, Duo EU+TU e G.A.L. – Grupo de Apoio à Loucura, todos sediados em São José do Rio Preto.

Em diálogo com a proposta da mostra, as atividades serão coordenadas pelo Grupo Contadores de Mentira (Suzano/SP), convidado para falar sobre gestão de espaços, sob mediação de artistas da Cênica, no dia 11; a artista Keyla Brasil (Lisboa), que aborda o tema “Arte-vida Travesti”, em atividade conduzida por integrantes do G.A.L.; o cacique Wiryçá Kariri Xocó (São Paulo) e o Grupo Timbó de Agroecologia (Botucatu/SP), a abordarem o mote “Descolonizando o prato”, mediação do Primavera nos Dentes; e a dramaturga, diretora e pesquisadora teatral Onisajé (Alagoinhas/BA), com o tema ‘Teatro Preto de Candomblé: uma construção ético-poética de encenação e atuação negras’, em conversa com as artistas do EU+TU.

Abarcando diversas linguagens, a MCR irá ocupar diferentes pontos de São José do Rio Preto, entre ruas, palcos convencionais e alternativos, com programação gratuita e voltada para todas as idades. Entre as ações do evento estão apresentações de espetáculos teatrais, intervenções, música, cabaré, feira de economia criativa e solidária, oficinas, bate-papos e rodas de conversa.

Realizada desde 2014 pela Cênica, a proposta da Mostra Cênica Resistências é colaborar para a ampliação de canais de circulação e espaços de encontros, trocas e reflexões sobre o fazer artístico-cultural em nosso país e, especialmente, no interior do estado de São Paulo, oferecendo palcos para produções, grupos e artistas que seguem resistindo e reexistindo das mais diversas maneiras.

A realização é com recursos do Edital ProAC nº 34/2022, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Serviço:

Mostra Cênica Resistências

De 18 a 22 de abril de 2023

Informações: https://linktr.ee/CiaCenica

Programação dos webinários:

Webinário ‘Ensaio sobre gestão de espaços’

Com: Grupo Contadores de Mentira (@contadoresdementira)

Mediação: Cênica (@_cenica)

Quando: 11/4, terça-feira, das 19h às 20h

Público-alvo: artistas, coletivos artísticos e demais pessoas interessadas

Inscrições: até 11/4 pelo link https://bit.ly/3Zzx2Zz

Livre. Gratuito

Sinopse: O Grupo Contadores de Mentira compartilha experiências de criação e gestão de sua sede localizada em Suzano, o que contempla sua escolha política de manter descentralizada sua produção artística e sociocultural. O Teatro Contadores de Mentira é um espaço cultural independente e já recebeu mais de 400 atividades nacionais e internacionais, criando uma interlocução de sobrevivência, articulação e atitude entre cidadão/ã e cultura. 

O Grupo Contadores de Mentira nasceu em 1995 na cidade de Suzano, na região metropolitana do estado de São Paulo, e se dedica à pesquisa de um Teatro de Rito, além de atuar em fóruns, organizações e militâncias históricas de luta pela cultura no Brasil. Desde 2013 mantém o Teatro Contadores de Mentira, que é também um espaço de produção e fruição de arte e cultura, estabelecendo um diálogo contínuo, com e entre, comunidade, público e fazedores/as culturais. 

Webinário ‘Arte-vida Travesti’

Com: Keyla Brasil (@keyla.brasil2)

Mediação: G.A.L. – Grupo de Apoio à Loucura (@_grupodeapoioaloucura)

Quando: 12/04, quarta-feira, das 19h às 20h

Público-alvo: artistas e pessoas interessadas

Inscrições: até 12/4 pelo link https://bit.ly/3Zzx2Zz

Livre. Gratuito 

Sinopse: A artista Keyla Brasil propõe reflexões acerca da navalha que separa a arte e vida de corpas travestis. Quais os lugares que o corpo travesti ocupa na sociedade e no campo das artes? O corpo travesti e o conceito de não-lugar. O aprisionamento do corpo travesti no circo dos horrores. 

Keyla Brasil é uma artista multidisciplinar que tateia o “devir” artístico através de seu corpo político-travesti. Sua trajetória artística é marcada pelos campos fronteiriços da performance e dramaturgia. Travesti, imigrante, racializada e alguns outros marcadores de identidade são assimilados ao seu percurso, que encontra também nas artes circenses uma linguagem que serve de aparato para suas performances.

Webinário ‘Descolonizando o prato’

Com: Wiryçá Kariri Xocó (@wirycar) e Grupo Timbó de Agroecologia (@grupotimbo)

Mediação: Coletivo Primavera nos Dentes (@coletivoprimaveranosdentes)

Quando: 13/04, quinta-feira, das 19h às 20h

Público-alvo: pessoas interessadas em geral

Inscrições: até 13/4 pelo link https://bit.ly/3Zzx2Zz

Livre. Gratuito

Sinopse: A agricultura traz a memória e a cultura de um povo. Descolonizar a alimentação é protagonizar os alimentos do território em que vivemos, valorizando as técnicas de plantio, a história e os saberes dos povos. A proposta do webinário é provocar a reflexão sobre a pluralidade, a relação dos alimentos e a não monocultura.

Wiryçá Kariri Xocó é cacique do grupo Warakdzã da Aldeia Kariri Xocó. Desenvolve o projeto “Quem são os indígenas?” e trabalha com Tratamento Espiritual com Ervas. Atualmente reside na cidade de São Paulo.

O Grupo Timbó de Agroecologia, fundado em 1998 na Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP (Botucatu/SP), é formado por estudantes de graduação de diversos cursos, contemplando a interdisciplinaridade de estudo da Agroecologia como ciência, se desenvolvendo em trabalhos que visam a indissociação entre os eixos ensino, pesquisa e extensão. A partir de ferramentas do grupo como área experimental, pesquisa acadêmica, educação ambiental e alcance da comunidade com projetos assistenciais.

Webinário ‘Teatro Preto de Candomblé: uma construção ético-poética de encenação e atuação negras 

Com: Onisajé (@onisaje)

Mediação: Duo EU+TU (@duoeumaistu)

Quando: 17/04, segunda-feira, das 20h às 21h

Público-alvo: artistas, coletivos artísticos, pesquisadores/as e demais pessoas interessadas

Inscrições: até 17/4 pelo link https://bit.ly/3Zzx2Zz

Livre. Gratuito

Sinopse: A atividade trata da pesquisa de doutorado de Onisajé, na qual, por meio de uma auto-etnografia crítica, ela demonstra como o Candomblé foi a epistemologia que orientou sua criação teatral e como pode desenvolver por meio dessa matriz a poética do Teatro Preto de Candomblé.

Onisajé é diretora teatral, dramaturga, mestra e doutora em Artes Cênicas pelo PPGAC/UFBA e yakekerê (segunda sacerdotisa) do Ilê Axé Oyá L´adê Inan de Alagoinhas/BA. É coautora e diretora de peças como “Siré Obá, a festa do Rei”; “Exu, a Boca do Universo” e “12 Anos ou a Memória da queda”; e dirigiu “Traga-me a cabeça de Lima Barreto” e “Pele Negra, máscaras brancas”. Foi professora-substituta da Escola de Teatro da UFBA, integra o Grupo de Pesquisa PÉ NA CENA-CNPq e publicou vários artigos sobre teatro negro em revistas especializadas.

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