O Palco Improvisado que Tocou Almas

Fredi Jon sempre acreditou que cantar para alguém era mais do que oferecer música — era abrir janelas no tempo, costurar memórias, dar forma ao que muitas vezes se sente, mas não se diz. Foi com essa missão que cruzou a cidade naquela tarde quente, rumo ao Ipiranga, para celebrar o primeiro ano do pequeno Joaquim.

A homenagem foi ideia de Bianca, a tia do menino. Não queria apenas um presente para o sobrinho, mas também para Luca e Alessandra, os pais dele. Porque homenagens sinceras são assim: nascem de um coração e atingem muitos.

O sol queimava o asfalto quando Fredi Jon e Fernanda, sua produtora, chegaram. O bairro estava vivo, com o som das crianças brincando, dos vizinhos conversando, do churrasco sendo preparado. Mas a garagem, abarrotada de gente, logo se mostrou inviável para a apresentação. O jeito foi montar tudo na sala, onde uma grande porta aberta para a garagem serviria de palco.

Caminharam bons metros carregando caixas de som, cabos, pedestais. O suor descia pela testa, mas a música precisava de um alicerce bem montado. Depois de tudo pronto, Fredi voltou ao carro, colocou a roupa de seresteiro e subiu novamente. Sempre havia um momento antes da arte acontecer — aquele instante em que o artista deixa de ser apenas ele mesmo e se transforma no mensageiro de algo maior.

Fredi Jon sempre acreditou que cantar para alguém era mais do que oferecer música — era abrir janelas no tempo, costurar memórias, dar forma ao que muitas vezes se sente, mas não se diz. Foi com essa missão que cruzou a cidade naquela tarde quente, rumo ao Ipiranga, para celebrar o primeiro ano do pequeno Joaquim.

Ficou ali, esperando. O coração sereno, mas desperto. Então, no meio da movimentação, Fernanda apareceu ao longe e fez o sinal. Era hora.

Entrou com o violão em mãos e um sorriso discreto. Começou a tocar, e o burburinho foi cedendo espaço para a atenção. As canções escolhidas eram como um álbum musical da vida de Joaquim: seu primeiro choro, suas descobertas, as noites sem sono, a alegria ao reconhecer os rostos da família. Mas a música ia além. A homenagem se expandia para aqueles que estavam ao redor, para os pais que moldaram aquela pequena vida, para o amor que se desdobrava em novas formas.

Luca assistia tudo com um sorriso discreto. Estava feliz, mas sereno, sem perceber que ele mesmo era parte daquela celebração. Até que Fredi Jon, ao final de uma das canções, o chamou ao microfone.

— Luca, você foi um dos grandes homenageados hoje. O que achou dessa surpresa?

Foi só então que algo dentro dele se moveu de verdade. Pegou o microfone hesitante, respirou fundo, e quando tentou falar, a voz falhou. Seus olhos brilharam com umidade.

— A última vez que recebi meus amigos assim foi no meu casamento… — ele fez uma pausa, engolindo a emoção. — E agora eles estão aqui de novo… É um momento forte pra mim.

Foi um instante de verdade absoluta. O tempo se dobrava sobre si mesmo. Joaquim não havia apenas nascido; ele havia feito renascer.

Alessandra segurou a mão do marido. Os pais dele se emocionaram. Bianca, do outro lado, chorava. Não só pelo sobrinho, nem apenas pelo irmão. Mas porque entendia algo maior. A vida é uma coleção de encontros e reencontros, e algumas tardes, como aquela, são costuras invisíveis que unem tudo.

Fredi Jon tocou a última canção sabendo que não estava apenas homenageando Joaquim. Ele havia dado voz a algo que já existia dentro de todos, esperando apenas ser cantado.

Texto Fredi Jon. Outras histórias você encontra no MINUTO Serenata disponível no site: serenataecia.com.br e no YouTube

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