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A defesa do professor Luis Felipe Manvailer, acusado de agredir e matar a esposa, a advogada Tatiane Spitzner, classificou a acusação do Ministério Público do Paraná como uma “peça de ficção”.
Segundo os advogados, a acusação não consegue determinar o que causou a morte de Tatiane e diz que, pela narrativa do mP, a vítima teria morrido duas vezes – a primeira por esganadura e a segunda causada pelo politraumatismo, quando caiu da sacada do apartamento em que morava.
Em setembro, o MP anexou laudos da causa da morte de Tatiane e destacou que a morte foi “por intenso sofrimento físico e psíquico na vítima” e “as diversas marcas, equimoses e ferimentos produzidos pelas agressões sofridas ainda em vida”. A defesa classificou isso como uma “aleatoriedade”.
“A denúncia oferecida pelo Ministério Público foi uma peça de ficção, sem mínimo respaldo probatório”, afirma a defesa em um trecho dos autos.
Os advogados também pedem que a Justiça desconsidere conversas de Whatsapp de Tatiane com uma amiga mostrando o descontentamento da advogada com o relacionamento.
A defesa afirma ainda que Luis Felipe é inocente de todas as acusações e arrolou 23 testemunhas.
Relembre o crime
Tatiane foi encontrada morta no apartamento em que morava com Manvalier no último dia 22 de julho, em Guarapuava, no Paraná.
Imagens do circuito de segurança do edifício mostram ela sendo agredida antes de entrar no prédio, no estacionamento, no elevador, e a queda do 4º andar. Depois, o suspeito busca o corpo, leva ao apartamento, limpa os vestígios de sangue no corredor e elevador e foge do local de carro, antes da chegada da polícia.
De acordo com a denúncia, Luis Felipe matou a esposa após várias agressões físicas que teriam começado após um desentendimento, agindo por motivo fútil e desproporcional. Ele nega ter matado a companheira.